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ASSERJ no Rio2C: o que os supermercados podem aprender com as macrotendências tecnológicas?

28/05/2025 • Última actualización 6 Meses

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A ASSERJ continua sua presença no Rio2C, evento dedicado à inovação e ao futuro, participando da palestra "Report Macrotendências", com Carol Fernandes, coordenadora do Lab Tendências Casa Firjan, e Isabela Petrossillo, pesquisadora do Lab Tendências Firjan. O encontro trouxe uma leitura refinada de sinais positivos de mudança que apontam para um mundo cada vez mais tecnológico, porém mais consciente, regenerativo e integrado com as necessidades humanas.

Carol Fernandes iniciou sua fala destacando como o avanço da tecnologia vem se tornando mais realista e conectado à vida cotidiana. Segundo ela, a construção de espaços biotecnológicos — que integram inovação com respeito ao meio ambiente — será cada vez mais necessário e comum. Isso inclui ambientes automatizados, inteligentes e sustentáveis. Ao mesmo tempo, os chamados “espaços robóticos” exigirão uma revisão profunda das normas de segurança e de interação, já que as máquinas passarão a atuar lado a lado com o ser humano em ambientes como hospitais, indústrias — e, por que não, também nos supermercados.

Isabela Petrossillo complementou o panorama trazendo a perspectiva da hipertecnologia, um cenário onde os processos regenerativos ganham protagonismo. Ela destacou a importância da biotecnologia baseada em recursos biológicos reconectáveis — uma tendência que pode revolucionar a forma como produtos são fabricados, embalados e comercializados. Isabela também fez uma provocação importante: no futuro, todos terão acesso à tecnologia? Para ela, garantir acessibilidade tecnológica é um dos grandes desafios e, ao mesmo tempo, uma oportunidade para empresas que desejam se posicionar de forma mais inclusiva e inovadora.

Nesse contexto, o setor supermercadista pode — e deve — se inspirar nessas macro-tendências. A incorporação de robôs que interagem com base em emoções ou dados demográficos, por exemplo, pode transformar a experiência do cliente dentro da loja. Imagine robôs que oferecem atendimento personalizado conforme a faixa etária do consumidor ou que interpretam expressões faciais para entender se alguém precisa de ajuda. Além disso, redes econômicas mais colaborativas — como sistemas de fidelização baseados em comunidades, trocas de benefícios e logística compartilhada — podem se consolidar como modelos mais sustentáveis e conectados à realidade das novas gerações de consumidores.

Ao refletir sobre o papel do ser humano nesse cenário, Carol e Isabela levantaram um alerta: o excesso de produção tecnológica pode reduzir a pluralidade de ideias e gerar uma base única de conhecimento. Isso reforça a necessidade de usar a tecnologia não como um fim, mas como meio para amplificar a experiência humana. A mente, nesse futuro próximo, estará cada vez mais ligada à tecnologia — e caberá às empresas garantir que essa ligação seja ética, inclusiva e regenerativa.

Para Isabela, estar presente neste debate é reafirmar seu compromisso com um futuro onde a inovação tecnológica serve ao bem-estar coletivo. O setor supermercadista, como elo direto entre a indústria e o consumidor, tem uma posição estratégica para aplicar essas tendências — seja adotando tecnologias mais sensíveis às necessidades humanas, seja promovendo experiências de consumo mais personalizadas, ágeis e sustentáveis. Mais do que acompanhar tendências, é hora de liderar mudanças.

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