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Saúde Mental no trabalho: líderes e colaboradores em alerta vermelho

29/09/2025 • Última actualización 2 Meses

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A saúde mental e o bem-estar emocional vêm ganhando cada vez mais espaço nas discussões sociais, com maior conscientização sobre a importância de reconhecer e cuidar do equilíbrio psicológico. No entanto, no ambiente de trabalho, esse tema ainda enfrenta barreiras significativas. Apesar de ser cada vez mais debatido, muitas empresas mantêm uma abordagem pontual, tratando a saúde mental apenas por meio de ações isoladas, como treinamentos esporádicos, pesquisas de clima ou programas de apoio específicos.

A pesquisa Inteligência Emocional & Saúde Mental no Ambiente de Trabalho – 7ª Edição, realizada por The School of Life em parceria com a Robert Half Talent Solutions, reforça que o cuidado com a saúde mental dos colaboradores precisa ser incorporado à cultura organizacional, tornando-se parte integrante da estratégia de gestão, do modelo de liderança e da rotina das equipes. Somente dessa forma é possível promover ambientes de trabalho emocionalmente seguros, sustentáveis e produtivos, onde a vulnerabilidade pode ser expressa sem medo e o acolhimento se traduz em ações concretas, não apenas em discurso.

Cenário alarmante de adoecimento emocional

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Bia Tartuce, psicóloga e consultora da RH Mentora Fé carreira e de líderes, destaca: "Quase 30% receberam diagnóstico de estresse, ansiedade ou burnout no último ano; mais da metade usa medicação psicofarmacológica; e a falta de acolhimento efetivo ainda é marcante. Apesar de 86% reconhecerem a importância da saúde mental para o desempenho, ainda prevalece o descompasso entre consciência e prática, com cuidado restrito a ações pontuais, e não políticas consistentes."

"A pesquisa mostra um quadro claro de piora na saúde mental dos trabalhadores: aumento de diagnósticos de estresse, ansiedade e burnout e crescimento no uso de medicamentos. Fatores emocionais e psicossociais relacionados ao trabalho estão se tornando determinantes do bem-estar dos colaboradores. Um ponto crítico é o papel da liderança: quando despreparados ou adoecidos, líderes podem reforçar padrões de cobrança excessiva, metas irreais e comunicação pouco empática, ampliando riscos de adoecimento e reforçando uma cultura contrária à promoção da saúde mental", reforça Karen Silva, coordenadora do Grupo de Trabalho (GT) de Saúde Mental da Saude Digital Business (SDB) e gerente da área clínica Saúde Mental da Conexão Saúde.

Cultura organizacional e ciclo de sobrecarga

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"Vivemos um contexto em que o trabalho excessivo é valorizado e o descanso é visto como 'privilégio' ou 'preguiça'. Essa mentalidade gera um ciclo de culpa e hiperprodutividade, no qual o empregador sente que o colaborador precisa estar sempre disponível, corresponder a metas cada vez mais exigentes e abrir mão do autocuidado. A pesquisa mostra que muitos colaboradores adoecem e naturalizam o sofrimento, buscando alívio apenas no tratamento medicamentoso, reforçando o ciclo de sobrecarga", analisa Sabrina Bezerra, diretora-geral da Flora Insights.

Sabrina Bezerra prossegue: "Não se trata apenas de uma questão individual, mas de um fenômeno coletivo. A falta de clareza sobre políticas de bem-estar e equilíbrio vida-trabalho contribui para a piora da saúde mental e do clima organizacional. É necessário enfrentar isso com mudanças estruturais: revisão de cargas de trabalho, valorização do descanso, treinamento de lideranças para comunicação empática e incentivo a uma cultura onde produtividade e saúde mental coexistam."

"Muitas empresas ainda têm lacunas na prevenção de riscos psicossociais e estratégias reativas não são suficientes. O contexto regulatório atualizado (NR-1) exige incorporar a avaliação de riscos psicossociais nos processos, tornando a pauta obrigação de gestão. O problema é sistêmico, ligado a práticas de trabalho, desenho de funções e cultura organizacional, e não apenas individual", conclui Karen Silva.

A relação entre bem-estar emocional e desempenho profissional

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A maioria dos profissionais reconhece a influência direta do bem-estar mental e emocional no desempenho no trabalho. 86% dos líderes e 87% dos liderados afirmaram que essa influência é "muito grande", confirmando um consenso crescente: não existe performance sustentável sem saúde emocional.

"Produtividade e saúde emocional não são opostas — são complementares. Colaboradores saudáveis física e mentalmente apresentam maior foco, criatividade e engajamento, traduzindo-se em melhor performance. Para alinhar essas dimensões, é fundamental definir metas realistas, priorizar qualidade sobre volume, garantir pausas regulares e capacitar líderes para agir preventivamente. Suporte psicológico e monitoramento contínuo do clima promovem um ciclo virtuoso de produtividade sustentável e valorização da saúde integral", explica Sabrina Bezerra.

Karen Silva também pontua: "Produtividade sustentável preserva a capacidade de trabalho no médio e longo prazo. Estabelecer metas realistas, investir em prevenção, reduzir absenteísmo e presenteísmo e alinhar cuidado em saúde mental à estratégia da empresa permite que a saúde mental seja parte integrante da cultura organizacional, e não apenas uma ação isolada."

"Produtividade sustentável substitui a cultura da sobrecarga por metas realistas. Colaboradores saudáveis produzem mais e melhor no longo prazo. Performance deve ser medida não só por resultados numéricos, mas pela qualidade das relações, engajamento e capacidade de inovar. Tratar a saúde mental como investimento estratégico fortalece resultados e cultura organizacional", complementa Bia Tartuce.

Michelle Rodrigues, gerente de Gestão de Pessoas da ASSERJ, resume: "Produtividade e saúde mental caminham juntas. Colaboradores emocionalmente saudáveis apresentam maior foco, criatividade e engajamento. Nosso desafio é equilibrar metas e resultados com qualidade de vida, garantindo que o desempenho seja sustentável no médio e longo prazo".

O esgotamento que sobe a pirâmide corporativa

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Nos últimos 12 meses, 27% dos líderes e 26% dos liderados receberam diagnóstico de estresse, ansiedade ou burnout. Entre os líderes, houve um crescimento significativo de oito pontos percentuais de março para agosto deste ano, revelando um sintoma grave e crescente de esgotamento emocional no topo da hierarquia. Entre os liderados, o aumento foi de três pontos percentuais, no mesmo intervalo de tempo, demonstrando que o sofrimento emocional não está restrito à liderança. A pressão por resultados, o isolamento inerente ao cargo e a expectativa de que líderes “aguentem tudo” têm cobrado um preço altíssimo.

O preço do silêncio emocional nas lideranças

Quando diagnosticados, 63% dos líderes e 41% dos liderados não compartilharam a condição com suas lideranças, expondo a falta de segurança psicológica nas relações de trabalho. Quanto mais alto o cargo, maior o silêncio: líderes escondem seus diagnósticos, reforçando a percepção de que mostrar vulnerabilidade é um tabu.

"Vale destacar que, quanto mais alto o cargo, menor é o espaço para assumir vulnerabilidades. Culturalmente, espera-se que gestores não demonstrem fragilidade, o que agrava o isolamento emocional e impede conversas honestas sobre saúde mental. Esse silêncio expõe empresas a riscos éticos, legais e psicossociais - exatamente quando deveriam estar avançando em ações concretas para bem-estar, como exige a NR-1 atualizada", salienta Diana Gabanyi, CEO e Head de experiências corporativas da The Scool of Life.

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A gerente de Gente e Gestão da ASSERJ enfatiza: "Na Asserj, vemos que lideranças bem preparadas fazem toda a diferença. O cuidado com a saúde mental não é apenas uma responsabilidade individual do colaborador, mas uma prática que deve estar incorporada à gestão. Treinar líderes para identificar sinais de estresse e oferecer suporte é fundamental para criar ambientes de trabalho seguros, produtivos e engajados".

Reações da liderança ao diagnóstico de estresse, ansiedade ou burnout:

  • Líder: A maioria dos líderes não informou seu diagnóstico à liderança. Apenas uma pequena parcela recebeu acolhimento e apoio efetivo, enquanto outros tiveram líderes que demonstraram empatia sem oferecer suporte prático. Alguns perceberam indiferença ou desconforto, e nenhuma reação negativa ou punitiva foi relatada;
  • Liderado: Entre os liderados, muitos não informaram sua liderança sobre o diagnóstico. Uma parcela recebeu acolhimento e apoio efetivo, outros tiveram líderes empáticos sem suporte prático. Indiferença ou desconforto foi percebida por alguns, e uma pequena porcentagem relatou reação negativa ou punitiva.

"Ignorar os sinais de adoecimento emocional significa aceitar perdas silenciosas — de pessoas, de performance, de clima e de valor de marca. Empresas que não tratam do tema preventivamente gastam mais apagando incêndios do que investindo em políticas de saúde mental. A OMS projeta que, até 2030, a depressão será a principal causa de incapacidade laboral, reforçando a urgência da restauração de políticas de saúde mental", expõe Bia Tartuce.

Sabrina Bezerra completa: "Ignorar os sinais de adoecimento emocional pode trazer consequências profundas: agravamento de estresse e burnout, aumento do uso de medicamentos, queda de produtividade, absenteísmo, rotatividade, perda de talentos estratégicos e riscos legais a partir de 2026 com a NR-1. Há também risco reputacional: organizações que não cuidam da saúde emocional deixam de ser atrativas e podem ter sua imagem comprometida."

O uso crescente de medicação psicofarmacológica

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Um dado alarmante: 52% dos líderes e 59% dos liderados fazem uso de medicação psicofarmacológica para lidar com estresse, ansiedade ou burnout. Esse número representa um aumento expressivo em relação a agosto de 2024, quando o percentual era de apenas 18% entre os líderes e 21% entre os liderados, evidenciando a crescente medicalização do sofrimento emocional no ambiente corporativo.

Silêncio e insegurança emocional na liderança

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pesquisa mostra que 73% dos líderes não se sentem à vontade para informar seus gestores sobre o uso de medicação, contra 33% dos liderados. O isolamento aumenta com o cargo, reforçando a cultura de silêncio e estigma.

Sabrina Bezerra ressalta: "Para quebrar o tabu, é essencial que a alta liderança assuma publicamente o compromisso com a saúde mental. Programas de sensibilização, campanhas internas e rodas de conversa ajudam a normalizar o diálogo. Criar canais de escuta confidenciais e políticas claras de acolhimento reforça que buscar ajuda não traz consequências negativas. Incluir práticas de promoção da saúde emocional no dia a dia transforma o cuidado em parte da identidade organizacional."

"Executivos e gestores devem dar o tom, falando publicamente sobre a importância da saúde mental e compartilhando iniciativas institucionais. Garantir confidencialidade e canais anônimos é essencial para que os colaboradores busquem apoio. Ações educativas, workshops e materiais explicativos ajudam a normalizar o cuidado psicológico e mostrar que saúde mental é saúde", diz Karen Silva.

Primeiras ações essenciais e práticas de gestão

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Sabrina Bezerra evidencia: "As primeiras ações de uma empresa devem focar em mapear o cenário interno, comunicar que o tema é prioridade, treinar lideranças para reconhecer e acolher sinais de sofrimento emocional, revisar jornadas para evitar sobrecarga e garantir pausas adequadas, além de oferecer canais de escuta e suporte psicológico confidenciais. Essas medidas demonstram compromisso com o bem-estar e criam bases sólidas para programas mais estruturados."

"Gestores precisam ser treinados para identificar sinais de sofrimento, oferecer suporte adequado e criar ambiente de segurança psicológica. É essencial rever políticas estruturais, ajustar metas e cargas de trabalho, garantir desconexão digital, oferecer apoio por meio de programas de assistência psicológica e canais de acolhimento seguros, e combater o estigma estimulando diálogos abertos e tolerância zero a retaliações", destaca Bia Tartuce.

Karen Silva, em sequência, analisa: "A liderança empática é essencial: líderes que demonstram preocupação genuína com suas equipes criam um ambiente de confiança e acolhimento. Políticas claras de prevenção e resposta a assédio, com canais seguros, trazem proteção aos colaboradores. Processos de trabalho claros, metas alcançáveis, rotinas de descanso e rodízio de tarefas mais extenuantes também são fundamentais".

"Liderança humanizada, feedbacks construtivos e empatia; comunicação transparente e frequente; políticas de equilíbrio vida-trabalho; programas de desenvolvimento contínuo que promovam inteligência emocional, colaboração e autonomia. Monitorar indicadores de clima e saúde mental permite ajustes rápidos e direcionados, criando cultura em que o colaborador se sente ouvido, respeitado e engajado", prossegue Sabrina Bezerra.

Bia Tartuce conclui: "Para construir uma cultura mais saudável, as empresas devem adotar práticas que combinem cuidado humano e estratégia: escuta ativa, conversas frequentes sobre saúde mental, estímulo à diversidade e colaboração, reconhecimento de esforços e rituais de valorização. O exemplo precisa vir do topo: líderes que cuidam de si e demonstram humanidade inspiram suas equipes. A saúde mental deve ser tratada como pilar estratégico, não como benefício isolado."

Normalização do cuidado e exemplo da liderança

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Bia Tartuce pontua: "Para quebrar o estigma, é necessário normalizar o tema no dia a dia, trazendo-o para reuniões, treinamentos e comunicações internas. Gestores que compartilham vulnerabilidades abrem espaço para que colaboradores façam o mesmo. É importante oferecer canais de escuta seguros e anônimos e realizar campanhas permanentes que reforcem que cuidar das emoções não é fraqueza, mas parte da vida profissional".

"Precisamos mostrar que pedir ajuda não é fraqueza. É essencial que a liderança compartilhe vulnerabilidades e que exista comunicação clara sobre os canais de apoio. Quando o cuidado emocional é normalizado, colaboradores se sentem mais seguros, engajados e produtivos", enfatiza Michelle Rodrigues.

Discurso versus prática: a contradição corporativa

Há desencontro entre discurso e prática: 56% dos líderes afirmam que a empresa incentiva acolhimento emocional, mas 55% não se sentem valorizados ao falar sobre saúde mental. Além disso, 29% dos líderes dizem não estar preparados para acolher ou direcionar questões emocionais na equipe.

Bia Tartuce explica: "As empresas estão falhando em transformar discurso em prática. Existe valorização declarada do tema, mas a cultura organizacional continua marcada pelo estigma, sobrecarga de trabalho e falta de preparo das lideranças. O ambiente corporativo se tornou um fator de risco, especialmente para líderes, que acumulam pressão, isolamento e pouca rede de apoio".

"Empresas que incorporam saúde mental à cultura organizacional colhem resultados duradouros. Não se trata de ações pontuais ou benefícios isolados, mas de transformar empatia em práticas concretas, alinhando cuidado emocional à estratégia de negócio e à performance sustentável", reforça a gerente de Gente e Gestão da ASSERJ.

Canais de apoio

Apesar de 60% dos líderes e 46% dos liderados saberem a quem recorrer, muitos permanecem desinformados ou em desamparo. O simples conhecimento do canal não garante segurança para seu uso.

Impacto das mídias sociais

Saúde mental no trabalho é um fenômeno sistêmico, que atravessa o expediente e a vida pessoal.

  • 40% dos líderes e 33% dos liderados relatam impacto negativo no bem-estar emocional devido a hiperconectividade;
  • 14% dos líderes e 15% dos liderados não usam redes sociais com frequência.
NR-1 & riscos psicossociais

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Apenas 33% dos líderes e 22% dos liderados afirmam que suas empresas aplicam estratégias preventivas na prática. Muitos desconhecem se existem medidas (16% líderes, 22% liderados) ou têm certeza que não existem (29% líderes, 23% liderados).

Vale destacar que, a partir de 2026, empresas sem ações proativas estarão sujeitas a multas e sanções formais.

"É preocupante ter certeza do despreparo de uma parcela significativa das empresas com relação à atualização da NR-1. Para além do risco diante das possibilidades de multas e sanções, é fundamental que as organizações busquem a adequação por uma questão de responsabilidade social, de gestão consciente de pessoas e de sustentabilidade do negócio. Cultivar ambientes mais positivos, que escutem as demandas dos profissionais e valorizem a força de trabalho, tornou-se algo inegociável. Os ganhos em engajamento e produtividade são óbvios, mas é preciso considerar a alta disputa por profissionais com qualificação. Se, por um lado, profissionais talentosos evitam ambientes tóxicos, por outro, culturas saudáveis são um fator decisivo no aceite de uma proposta ou na retenção de colaboradores estratégicos para o negócio", pontua Maria Sartori, diretora da Robert Half.

Karen Silva ressalta: "Afastamentos e absenteísmo crescentes refletem em custos e operação; presenteísmo impacta custos e indivíduo; rotatividade e perda de talentos afetam reputação e operação; deterioração da cultura; risco reputacional e legal diante da NR-1; reforço de uma cultura organizacional de risco e não saudável. Ações simples e consistentes podem ter grande impacto: mapeamento de riscos psicossociais, plano de gerenciamento conforme NR-1, treinamento de líderes, apoio clínico acessível (teleconsulta psicológica e psiquiátrica), ajustes operacionais (escala, pausas, banco de horas) e comunicação estruturada que desestigmatize o cuidado. Isso cria cultura preventiva e sustentável de saúde mental."

"A prevenção é muito mais eficaz do que agir somente quando surgem crises. Investir em programas estruturados de saúde mental, acompanhamento de riscos psicossociais e canais de escuta confidenciais protege colaboradores, reduz absenteísmo e presenteísmo, e fortalece a reputação da empresa", salienta Michelle Rodrigues.

Frequência de conversas sobre saúde mental

48% dos líderes conversam apenas ocasionalmente ou raramente sobre saúde mental. 7% nunca abordam o assunto.

Principais desafios dos líderes:

  • Reconhecer sinais de sofrimento emocional (24%);
  • Equilibrar demandas e carga de trabalho (22%).

Principais causas de sofrimento: sobrecarga (37%), pressão por resultados (33%), conflitos (31%), falta de clareza de papéis (26%), falta de reconhecimento (23%), comunicação ineficiente (21%), desequilíbrio vida pessoal/profissional (20%), insegurança constante (17%), assédio ou comportamentos abusivos (16%), excesso de reuniões (15%) e falta de apoio da liderança (6%).

Criar espaços seguros depende de líderes atentos, sensíveis e preparados, capazes de identificar sofrimento mesmo quando ele não é verbalizado.

Conclusão

A pesquisa reforça que liderar não é ter todas as respostas, mas criar ambientes seguros, acolhedores e emocionalmente conscientes. Empresas e líderes precisam transformar empatia em ação concreta, integrando saúde mental à cultura organizacional para garantir performance sustentável e bem-estar coletivo.

"No setor supermercadista, temos equipes expostas a pressões e jornadas intensas. Cabe às empresas investir em estratégias que promovam equilíbrio, prevenção e cultura de acolhimento. O bem-estar emocional dos colaboradores é diretamente ligado à qualidade do atendimento, à operação e ao sucesso do negócio", encerra Michelle Rodrigues, gerente de Gente e Gestão da ASSERJ.

A ASSERJ reforça que a atenção à saúde mental dos colaboradores é fundamental para o setor supermercadista. Investir no bem-estar emocional garante equipes mais engajadas, alinhadas à cultura organizacional e com forte sentimento de pertencimento. Esse cuidado também fortalece a "atitude de dono" entre os colaboradores, promovendo maior comprometimento com resultados e operações, ao mesmo tempo em que contribui para a redução do turnover e para a retenção de talentos estratégicos, consolidando uma base sólida para o crescimento sustentável do setor.

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