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Sabe quais associados da ASSERJ estão no Ranking Top 300 IRTT? Te contamos aqui!

29/08/2025 • Última actualización 3 Meses

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Criado para produzir conhecimento estratégico sobre o ambiente de varejo e os impactos da tecnologia, cultura, processos e decisões macroeconômicas no setor, o Instituto Retail Think Tank Brasil (IRTT) apresentou a edição 2025 do Ranking Top 300 do Varejo Brasileiro. O levantamento se consolida como referência para empresas, indústrias, distribuidores e associações setoriais ao oferecer informações relevantes que orientam decisões e fortalecem a competitividade do varejo. O grande objetivo é ampliar o acesso do ecossistema brasileiro de varejo a dados de mercado, pesquisas e tendências que possam embasar o desenvolvimento de estratégias para promover o fortalecimento do setor.

Fundado por Alberto Serrentino, Eduardo Terra e Hélio Biagi, o IRTT é um verdadeiro think tank do varejo brasileiro. Seu propósito é mapear tendências, conectá-las à realidade nacional, analisar dados de mercado e estimular reflexões que apoiem a estratégia das empresas.

"O que descobrimos nesta edição é muito mais que um “quem é quem” do varejo: é um mapa para entender as oportunidades, projetar as tendências e superar os desafios que se impõem no setor mais dinâmico da economia", frisa Eduardo Terra, cofundador do IRTT.

O cenário do varejo em 2024

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O estudo aponta que as 300 maiores varejistas do Brasil cresceram acima da média do setor e ampliaram sua base de lojas, movimentando R$ 1,3 trilhão, em 2024, com crescimento médio de 9,6% em relação ao ano anterior. Apesar disso, a concentração não cresce e as empresas ainda atuam predominantemente em âmbito regional. Mesmo em um ambiente austero imposto pelos juros elevados, as empresas mostraram resiliência e maior busca por liquidez.

"O ano de 2024 marcou uma inflexão importante para o varejo brasileiro. Após um período de forte influência inflacionária, o setor registrou crescimento mais sustentado por fundamentos reais de demanda. O resiliente mercado de trabalho, a forte política fiscal e a flexibilidade do consumidor ao adaptar a cesta de consumo às movimentações de preço refletiram no melhor resultado em termos reais desde 2013. Apesar desse cenário mais desafiador, mudanças estruturais no comportamento do consumidor, como a digitalização acelerada, a valorização de experiências locais e a busca por conveniência continuaram a moldar o perfil do varejo em todo o país. Nesse contexto, a leitura regional e setorial tornou-se ainda mais relevante para entender onde e como o consumo está se transformando", pontua Gustavo Arruda, economista chefe para América Latina da Mastercard Economics Institute.

Alberto Serrentino, sócio do IRTT, destaca: "O varejo teve em 2024 o melhor ano dos 11 anteriores, as empresas se beneficiaram em crescimento e resultados. O mercado brasileiro continua muito diversificado e muito regionalizado, mas o peso relativo das maiores empresas está aumentando. De outro lado, plataformas dominam o ambiente digital. Nosso ranking reúne a maior base de dados do grande varejo no Brasil".

Dados gerais do varejo: setor supermercadista é a espinha dorsal do segmento

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Crescimento foi o ponto comum entre as 300 maiores varejistas do mercado brasileiro. As empresas apresentadas no ranking do varejo nacional somaram uma venda de R$ 1,3 trilhão no ano passado. Considerando as 212 empresas que divulgaram seus números de 2023, permitindo uma comparação direta, a expansão das vendas foi de 9,6%. O grupo de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, o mais representativo do varejo, teve, em 2024, o terceiro ano consecutivo de expansão, com crescimento cada vez mais acelerado: 1,4% em 2022, 3,7% em 2023 e 4,6% em 2024. Motor de avanço do segmento, o grupo trouxe 6,2% dos 9,6% de expansão das 300 maiores. O setor representou 52,6% das vendas totais e 65,3% do crescimento.

Eduardo Terra analisa: "Líderes do varejo brasileiro crescem independente dos ventos da economia. Tecnologia, cultura e dados fazem toda a diferença. Como um todo as 300 maiores continuam avançando com força. Esse crescimento não vem do acaso, e sim de decisões ousadas, do investimento em tecnologia e de uma visão de longo prazo. As 300 líderes do varejo brasileiro fazem a hora, não esperam acontecer. Elas criam seus caminhos em vez de seguir tendências. A resiliência do varejo brasileiro nasce do olhar de longo prazo, alinhado aos valores do negócio – e a partir daí se dissemina pela cultura de cada empresa, determinando investimentos em tecnologia, reforçando o uso de dados e preparando cada negócio para agir com muita fluidez para contornar as dificuldades que o ambiente sempre apresenta. Mais do que prever o próximo solavanco, cada empresa vem desenvolvendo processos, pessoas e tecnologias para identificar e superar os desafios".

Além disso, o grupo de supermercados, hiper, atacarejo e conveniência é o mais significativo. Duas das 5 maiores e 4 das 10 maiores varejistas são supermercadistas - sendo o Carrefour, associado da ASSERJ, liderando em 1º lugar. Ao mesmo tempo, 81 das 150 empresas na segunda metade das TOP 300 também fazem parte do setor. A expansão do setor decorre tanto do crescimento orgânico quanto de fusões e aquisições. Por outro lado, 129 empresas estão em um estado e 130 redes têm menos de 50 lojas. Ou seja, o negócio de supermercados no Brasil tem como características mater a proximidade com o consumidor e o regionalismo acentuado, como explica Terra: "Uma parte essencial desse posicionamento anticrise do varejo é sua capacidade de conhecer os consumidores e ser altamente relevante para eles. Uma característica que, por sinal, explica o fato de que o crescimento mais expressivo entre as 300 maiores não aconteceu no topo do Ranking, e sim no segmento médio. Empresas com forte atuação regional, décadas de relacionamento com o cliente e a capacidade de usar dados e tecnologia para levar a personalização aos detalhes. Da logística à comunicação no ponto de venda, do marketing às promoções, o varejo brasileiro, a cada nova interação com os clientes, entende melhor o que cada pessoa deseja – e isso faz toda a diferença".

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A plenitude da força dos supermercados para o varejo nacional é ainda mais explícita quando se analisa as 50 varejistas que mais cresceram: 34 deles são supermercadistas. Outro registro é importante é que, no último ano, o "Clube do Bilhão" do varejo brasileiro ganhou 16 novos integrantes, sendo 8 deles no setor de supermercados. Com 102 empresas bilionárias, o varejo supermercadista também lidera a lista.

Por fim, vale destacar que a trajetória natural do varejo é de crescimento acima do PIB, mas para as TOP 300 ele está acima da média do setor como um todo. O levantamento pontua ainda que o aumento de venda não é necessariamente relacionado a abertura de lojas, mas sim à eficiência operacional.

Conheça os supermercados associados da ASSERJ presentes no ranking:

1 (1º BR) - Grupo Carrefour Brasil - R$ 120,6 bilhões (crescimento de 4,5%)

2 (11º BR) - Grupo Pão de Açúcar - R$ 20,04 bilhões (crescimento de 5%)

3 (22º BR) - Cencosud Brasil - R$ 11,23 bilhões (crescimento de 0,48%)

4 (24º BR) - Supermercados Guanabara - R$ 10,32 bilhões (crescimento não mensurado por falta de dados sobre 2023)

5 (25º BR) - Rede Supermarket - R$ 10 bilhões (crescimento de 18%)

6 (50º BR) - Supermercado Mundial - R$ 5,50 bilhões (crescimento não mensurado por falta de dados sobre 2023)

7 (112º BR) - Supermercados Zona Sul - R$ 2,11 bilhões (crescimento não mensurado por falta de dados sobre 2023)

8 (113º BR) - Grupo Torre (Supermarket) - R$ 2,11 bilhões (crescimento de 11%)

9 (126º BR) - Grupo Alvorada (Supermarket) - R$ 1,85 bilhões (crescimento de 15%)

10 (137º BR) - Grupo Barcelos - R$ 1,70 bilhões (crescimento de 19%)

11 (168º BR) - Royal Supermercados - R$ 1,26 bilhões (crescimento de 18%)

12 (215º BR) - Supermercado Vianense - R$ 900 milhões (crescimento de 7%)

13 (275º BR) - Supermercados Campeão - R$ 634 milhões (crescimento de 6%)

14 (287º BR) - Supermercados Casa do Sabão - R$ 600 milhões (crescimento de 22%)

Aproveitamos para parabenizar a todos!

Venda por loja: expressividade referendada

Outro recorte do levantamento é a venda por loja. E só de pensar em pontos de venda de grande superfície comercializando produtos de alta recorrência, automaticamente o que vem à mente são os supermercados. E não é à toa. Essa parte é território do nosso segmento: 48 das 50 maiores varejistas brasileiras em venda por loja são supermercadistas. No Rio, os principais destaques ficam para:

  • Guanabara, com R$ 369 milhões em média por loja;
  • Mundial, com R$ 275 milhões em média por loja;
  • Carrefour Brasil, com R$ 108 milhões em média por loja;
  • Royal Supermercados, com R$ 97 milhões em média por loja.
Varejo supermercadista: um colosso de empregabilidade

Entre as 50 líderes em número de colaboradores no varejo brasileiro, 24 são redes de supermercados, hipers, atacarejos e conveniências. O varejo é um negócio de escala e intensivo em pessoas, portanto, para crescer, é preciso contratar. O aumento da base de colaboradores de uma empresa depende do ritmo de expansão do negócio.

  • Grupo Carrefour Brasil, 130 mil colaboradores;
  • Grupo Pão de Açúcar, 39.320 colaboradores;
  • Rede Supermarket, 20 mil colaboradores;
  • Cencosud Brasil, 17.942 colaboradores;
  • Guanabara, 13 mil colaboradores.

Já em relação a contratações, setorialmente, os supermercados também se destacam nesta análise, com 38 das 50 empresas que mais contrataram fazendo parte do setor. Entre as redes com presença no mercado fluminense, o grande holofote fica por conta do Royal Supermercados, com alta de 14% no quadro de colaboradores.

Diversidade também é tema presente

Diversidade, equidade e inclusão são temas importantes para a sociedade e levados em conta por parte dos consumidores, sejam esses pontos explícitos ou não nos princípios e valores das organizações. Refletir em suas equipes de colaboradores essa preocupação é um diferencial para clientes. Nesse recorte, em relação a presença feminina, os destaques para o varejo supermercadista do Rio ficam para o Grupo Pão de Açúcar, com 53% do seu quadro de funcionários composto por mulheres (e 50% da liderança formada por elas também), e Cencosud Brasil, com 49%.

Já quando o assunto é a questão racial, considerando a base total de colaboradores das empresas, 14 das 39 varejistas que abriram seus números têm pelo menos 50% do time formado por pretos e pardos. Com atuação no território fluminense, os destaques também são a Cencosud Brasil, com 71% de funcionários pretos/pardos, e o Grupo Pão de Açúcar, com 63% (ambas as redes tem 59% das lideranças formadas por pretos/pardos também).

Varejo digital: forte presença supermercadista, mas um gargalo a ser superado

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O e-commerce já foi algo mais distante do dia a dia do varejo. Porém, em uma realidade onde a omnicanalidade se tornou essencial, é preciso ação prática. E nesse recorte, os supermercadistas se destacam no ranking, sendo o setor com maior número de empresas com e-commerce, com 95 organizações ou 42,2% da listagem. Por outro lado, é o segmento com menor penetração da ferramenta no total de empresas. Atualmente, 60,9% das 156 redes de supermercados no Top 300 contam com e-commerce. Isso é reflexo da digitalização tardia, que só passou a se fortalecer há cinco anos, com a pandemia. No segmento, o Grupo Carrefour Brasil é o maior destaque, como a terceira empresa em e-commerce na lista.

Já em relação aos marketplaces, imensas forças de aceleração do varejo digital no mercado brasileiro e mundial, a capacidade de construção dessas plataformas tendem a crescer, pois a atratividade para os consumidores é cada vez maior, consequentemente, elevando o interesse por parte dos negócios. No recorte sobre marketplaces próprios ou a adesão às plataformas já disponíveis, 39 empresas do setor supermercadista surgem despontando, sendo duas com plataformas próprias. O destaque também fica por conta do Carrefour, na sétima posição geral.

Sobre o impacto da Inteligência Artificial (IA) nos negócios o estudo aponta que, apesar de inegável força, ainda é cedo para desenvolver algo além dos estudos de caso na identificação dos ganhos operacionais. Entre as Top 300 do varejo brasileiro, dentro da base de 76 empresas, 68 fecharam 2024 desenvolvendo projetos ligados ao uso de IA em alguma área do negócio.

"O setor tem testado, experimentado e, principalmente, aprendido muito a partir do uso de IA. E esse é o maior valor do investimento em tecnologia: criar hipóteses, testar e usar os resultados para continuar a aprender. O consumidor muda a todo instante – e o varejo que não estiver sempre em mutação não conseguirá se manter relevante. Se a cada dia o consumidor é diferente, o varejo precisa se adaptar diariamente. Não é simples, mas a tecnologia viabiliza a resposta a esse desafio", salienta Eduardo Terra.

ASSERJ reforça orgulho de seus associados

O Ranking Top 300 do Varejo Brasileiro produzido pelo IRTT é um dos levantamentos mais completos do setor, trazendo dados extremamente relevantes para o segmento e, evidentemente, para os supermercadistas. Estar atento aos resultados, tendências e movimentos do mercado é um fator essencial para que a nossa categoria siga como o grande pilar do varejo nacional, entregando serviços de qualidade e gerando reconhecimento de consumidores, além de resultados expressivos e fundamentais para as economias nacionais e regionais, como reforça Terra: "Mais do que nunca, o varejo brasileiro vive um momento especial. Um momento em que, independente de como soprem os ventos da política e da economia, as empresas estão capacitadas a tomar para si o protagonismo, fazendo os investimentos necessários ao sucesso. Um movimento que fará cada vez mais a diferença para quem conquista a atenção, o coração e o bolso dos consumidores".

Ficamos muito orgulhosos de ver nossos associados despontando nessa importante lista e firmamos a nossa missão de estar sempre lado a lado na busca pelo constante desenvolvimento do setor!

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