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"A personalização virou uma commodity", estratégias para alavancar a hiperpersonalização e aumentar vendas

12/08/2025 • Última actualización 3 Meses

Por dentro da asserj
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O Rio Innovation Week é um verdadeiro celeiro de ideias para aplicar no dia a dia do varejo supermercadista. E aproveitar essas oportunidades pode fazer surgir um insight antes desconhecido e transformar suas estratégias e fazer o seu negócio crescer ainda mais. Uma dessas tendências abordada nesta terça-feira, 12 de agosto, no palco Innovation Retail Talks é "A Era da Hiperpersonalização", dissertada por Pedro Scripilliti, area manager da Connectif.

"A personalização não é mais suficiente. O consumidor está mais exigente, mais imediatista e sobrecarregado de informação. A personalização virou uma commodity e o que se torna o diferencial do mercado é o que se pode trazer para melhorar sua conversão, sua venda ou seu produto. Quando falamos de junção de dados para hiperpersonalização estamos falando de todo o ecossistema da marca", destaca Pedro Scripilliti.

Hiperpersonalização: eficiência, diferenciação e conversão

O palestrante frisou a importância de sempre ter, de forma imprescindível, um foco primordial: o cliente no centro das estratégias. "No cenário atual, a hiperpersonalização e eficiência são fundamentais. Se você não fizer diferente, o concorrente fará. Se o cliente tem uma má experiência, ele vai para outra loja. Só que hoje isso é muito mais rápido. Se você perde esse timming, você perda venda e cliente. As estratégias precisam ser ainda mais eficientes e focadas. A hiperpersonalização nada mais é do que avançarmos nos dados que já temos. Pegarmos tudo que podemos fazer com inteligência artificial, automação, e potencializar os dados que temos do nosso consumidor, oferecendo experiências únicas e individualizadas. Isso é o game changer para você fidelizar o consumidor".

Benefícios e problemas: atenção aos desafios

Pedro Scripilliti também pontuou as vantagens e os pontos de atenção necessários para uma estratégia eficaz de hiperpersonalização: "Quais os benefícios essenciais da hiperpersonalização para o negócio? Primeiro, o aumento da conversão, com melhora de comunicação, sem perder o cliente no meio da jornada. Depois, engajamento. Se você não engajar o consumidor na sua cultura, seu concorrente o fará. Terceiro, redução de churn. Todos os negócios brigam hoje para não perder cliente. Todos investem. Se você investe, sua concorrência também investe. A questão é quem planeja melhor, quem melhora o engajamento. Na sequência, obviamente, ofertas de produtos mais relevantes, o produto certo para a pessoa certa. Em quinto, a experiência mais fluida, uma jornada mais completa, de ponta a ponta da venda. E, por último, o atendimento mais eficiente".

"Por exemplo, mapear a jornada de ponta a ponta, seja no físico ou no online. Saber qual cliente deixou qual produto em um carrinho e não concluiu uma compra. Para, posteriormente, ofertar esse mesmo produto a esse cliente, um parente, como uma sugestão de presente, e concretizar em venda o que seria uma oportunidade perdida. Isso só é possível na hiperpersonalização, com conhecimento profundo do seu consumidor. Conhecer o seu cliente é o básico", prosseguiu o palestrante.

Scripilliti continuou pontuando as dificuldades da estratégia: "Os grandes problemas: dispersão nos dados em diversas ferramentas, é preciso ter um centralizador; falta de estratégia de CRM; segmentações estáticas, como só atender um cliente se ele comprar. É preciso se comunicar com o cliente que não é ativo e convertê-lo; jornada não automatizada. Não adianta ter as melhores plataformas se você não comunica de forma eficiente; e, claro, eficiência do time de tecnologia".

Hiperpersonalização não é apenas venda, é fortalecimento de marca: conheça o seu cliente

O palestrante frisou a importância de conhecer o cliente, não apenas as preferências de compra, mas hábitos, histórico e tudo que influência em seu dia a dia, com atenção especial a forma de comunicação: "Conectar-se com todo o seu tráfego, inclusive os usuários anônimos. É preciso impactá-lo de alguma maneira, claro, respeitando a LGPD. É possível falar com esses usuários anônimos, tanto quando com o conhecido. Isso é rastrear e ativar os dados de cada cliente em tempo real. Se um cliente comprou, você corta a comunicação de 'compre agora'. Isso frustra o consumidor. Essa comunicação é extremamente importante. É preciso também segmentar a audiência de forma inteligente. Use seus dados, eles estão à sua mão em sua base de cadastros. Personalize conversas, um chatbot não precisa ser chato. Ensine a ferramenta, seja qual for a que você utilize, a se comportar como um agente seu. Oferecer experiências omnicanal. É necessário conhecer o seu cliente e saber por qual meio ele se comunica mais. Não adianta enviar um e-mail para um indivíduo que não o usa. Temos que conhecer os hábitos para ter uma hiperpersonalização eficiente. E, para isso, temos que analisar o passado do cliente, entender o presente dele e prever o futuro".

Capacitação: o elo essencial

Ainda que uso de inteligência artificial e ferramentas de automação sejam um passo sem retorno, só elas não bastam. É preciso estar sempre atualizado: "A tecnologia é só um meio de comunicar. Nada adianta se a comunicação não for fluida. Estamos evoluindo muito rápido. A evolução é muito clara e quem não interagir com ela, estará perdendo espaço no mercado. A inteligência artificial só vai substituir quem não se atualizar. Precisamos aprender a usar as ferramentas para nos diferenciar e conhecermos nosso cliente, seja na loja física, seja na loja online", encerrou Pedro Scripilliti.

A hiperpersonalização está redefinindo o relacionamento entre marcas e consumidores. É preciso unir dados, utilizar ferramentas e criar conexões únicas e relevantes. O foco no cliente tem se tornado cada vez mais fundamental para o sucesso dos negócios, e o varejo supermercadista não foge à regra. É extremamente relevante construir uma base de dados clara, organizada e completa, analisando todas as informações disponíveis para comunicar da melhor e mais personalizada forma possível. Esse pode ser o passo para converter alguém que não é seu cliente ou é casual em um consumidor fidelizado.