bacalhau azeite asserj

Ceia sem fraudes! Confira dicas da ASSERJ!

14/11/2025 • Última actualización 21 Días

Por dentro da asserj
bacalhau azeite asserj

Com a chegada das festas de fim de ano, o consumo de azeites e pescados cresce de forma expressiva — e, junto com ele, as tentativas de fraude nesses produtos. A preocupação é destaque no varejo supermercadista, já que o azeite é o segundo alimento mais fraudado do mundo, atrás apenas dos pescados, segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Diante desse cenário, a ASSERJ reforça a necessidade de redobrar os cuidados na hora da compra e exposição desses itens nas lojas. O alerta é feito por Flávio Graça, consultor técnico de Alimento Seguro da ASSERJ, que destaca o impacto da sazonalidade sobre o risco de fraude.

“As festas de fim de ano provocam um aumento significativo nas vendas de dois dos produtos mais fraudados no mundo: pescados e azeites. Por isso, deve-se redobrar a atenção, buscando fornecedores confiáveis e desconfiando de preços muito baixos”, orienta.

Azeites: atualização constante das marcas proibidas

O Mapa e a Anvisa mantêm listas atualizadas de marcas proibidas por adulteração — geralmente pela mistura ilegal de óleos de outras espécies vegetais. A orientação é que o varejo consulte frequentemente essas listas para evitar a entrada de produtos irregulares nas lojas.

“No caso dos azeites, é fundamental que as equipes de compras se mantenham atualizadas sobre as marcas condenadas pelo Ministério da Agricultura ou pela Anvisa. A lista muda com frequência e deve ser monitorada continuamente”, reforça o consultor.

Pescados: foco no bacalhau verdadeiro

Entre os pescados, o bacalhau permanece como o item mais vulnerável à fraude, especialmente nesta época do ano. Segundo Flávio Graça, o problema ocorre quando espécies mais baratas são comercializadas como se fossem bacalhau legítimo. O verdadeiro bacalhau corresponde exclusivamente às espécies Gadus morhua e Gadus macrocephalus, mas, no varejo, ainda é comum encontrar substituições por peixes de menor valor, como Saithe (Pollachius virens), Ling (Molva molva), Zarbo (Brosmius brosme) e até Pirarucu.

“Essas espécies são vendidas como ‘tipo bacalhau’ ou até sem identificação adequada, induzindo o consumidor ao erro. É essencial verificar o nome científico do peixe para garantir a conformidade”, alerta o consultor.

Supermercados devem reforçar protocolos de compra e exposição

Diante do aumento da demanda nas festas de fim de ano, os supermercados devem reforçar seus protocolos de compra, recebimento e exposição desses produtos.

"Isso inclui revisar fichas técnicas e laudos de fornecedores, treinar equipes responsáveis por compras e recebimento, conferir rigorosamente rótulos e denominações, monitorar diariamente as listas de marcas condenadas pelos órgãos reguladores e garantir que os produtos estejam expostos com informações claras e transparentes para o consumidor", ressalta Flávio Graça.

Mesmo com a pressão por preços competitivos neste período, a ASSERJ reforça que a prioridade do setor deve permanecer centrada na segurança alimentar e na manutenção da confiança do cliente.