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Como os anúncios de Natal fortalecem marcas no varejo supermercadista

03/12/2025 • Última actualización 2 Días

Atualidades
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Campanhas de Natal continuam sendo mais do que simples peças promocionais no varejo supermercadista. Uma pesquisa da The Harris Poll com 973 consumidores revela que 71% dos entrevistados consideram importante que os supermercados produzam anúncios natalinos que gerem identificação emocional com a marca.

O impacto é ainda mais expressivo entre consumidores mais jovens: 90% das pessoas entre 25 e 34 anos dizem valorizar esse tipo de comunicação, enquanto o índice cai para 52% acima dos 65 anos. A diferença etária evidencia um dado estratégico para as redes: o retorno sobre investimento em campanhas institucionais cresce conforme o público se aproxima das gerações mais digitais.

“A publicidade de Natal continua sendo poderosa porque gera conexão emocional e fortalece a lealdade à marca. Os consumidores mais jovens cresceram vendo esse tipo de campanha como parte da experiência natalina, o que aumenta sua receptividade”, afirma Sarah Beams, diretora-geral da The Harris Poll.

Marca muda, percepção também

A pesquisa mostra também que o impacto não é apenas simbólico. Quase metade dos entrevistados (46%) afirma já ter mudado sua percepção sobre uma rede após assistir a uma campanha de Natal. Entre jovens adultos (25 a 34 anos), o índice sobe para 71%, enquanto entre o público acima dos 65 anos apenas 25% relatam ter mudado sua visão sobre uma marca por causa da publicidade.

"Na prática, isso confirma que uma única campanha pode influenciar comportamento de compra por meses, indo além do calendário promocional de fim de ano", explica Sarah Beams.

Não é só propaganda, é posicionamento

Ainda segundo Sarah Beams, campanhas natalinas deixaram de ser apenas publicidade e passaram a ser instrumento de sentido de marca. “Em um ano em que os consumidores observam com atenção se as empresas realmente vivem seus valores, as campanhas de Natal passaram a funcionar como um termômetro de propósito. Elas comunicam se a marca está ao lado do cliente e se oferece mais do que preço”, afirma.

"Para o varejo supermercadista, isso reforça uma mudança estrutural: marca virou ativo estratégico, não apenas elemento de comunicação", completa a executiva.

O que o varejo deve aprender

Para o varejo supermercadista, os aprendizados são diretos e estratégicos. A pesquisa mostra que campanha institucional deixou de ser despesa e passou a ser investimento em valor de marca. A comunicação emocional tem maior impacto do que políticas agressivas de desconto, sobretudo entre públicos mais jovens. A percepção construída durante o Natal influencia o comportamento de compra ao longo de todo o ano seguinte. E, mais do que nunca, marca deixou de ser acessório para se consolidar como fator competitivo direto.

"No atual ambiente de concorrência intensa e consumidores mais exigentes, as redes não disputam apenas preço ou sortimento. Disputam memória, afeto e identidade. E essa batalha, ao que tudo indica, começa no Natal — mas continua todos os dias no ponto de venda", ressalta Sarah Beams.