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Não espere a virada: transforme o segundo semestre do seu supermercado com estratégia e agilidade

17/07/2025 • Última actualización 4 Meses

Atualidades
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O segundo semestre começou e, com ele, o momento mais decisivo do ano para o varejo supermercadista. De agosto a dezembro, datas como Dia dos Pais, Dia das Crianças, Black Friday e Natal movimentam o setor e podem representar a diferença entre fechar o ano no azul ou no vermelho. Mas o sucesso nas vendas sazonais não acontece por acaso. Para alcançar bons resultados, é preciso planejamento, gestão de estoque eficiente e antecipação ao comportamento do consumidor.

Segundo Anderson Ozawa, CEO da AOzawa Consultoria, especialista em Prevenção de Perdas e Governança, esse é o momento ideal para preparar a operação e garantir uma performance de excelência nas próximas campanhas. “O segundo semestre deste ano apresenta uma janela de oportunidades para o varejo se destacar e crescer. Com um cenário econômico mais favorável e consumidores mais confiantes, a hora é de se preparar para atender essa demanda com criatividade e eficiência”, afirma o consultor, que já implantou com sucesso mais de 40 programas de prevenção de perdas no Brasil.

Para Ozawa, esperar o mês anterior às grandes datas para correr atrás de abastecimento é um erro estratégico. “O consumidor está mais exigente, mais digital e menos paciente. Se ele não encontrar o que procura na sua loja, vai para o concorrente — e com um clique”, alerta. Com cadeias de suprimentos cada vez mais pressionadas, quem planeja antes compra melhor, negocia melhor e lucra mais.

Entre as recomendações práticas para o varejo, Ozawa destaca a importância de revisar o histórico de vendas, planejar o abastecimento com inteligência, negociar com fornecedores com previsibilidade e ajustar o sortimento com base na demanda real. “Não adianta apostar em excesso de novidades ou produtos de baixa saída. O foco deve ser no mix ideal, que una margem, giro e desejo do consumidor. E isso exige olhos bem atentos aos dados e também à concorrência”, pontua.

Outro ponto crítico citado pelo especialista é o controle da ruptura e do excesso de estoque. Segundo ele, ferramentas tecnológicas simples podem apoiar na reposição em tempo real e evitar perdas silenciosas. “Estoque parado também é prejuízo. A tecnologia precisa estar a serviço da operação, indicando o momento certo de agir”, diz.

Por fim, o consultor reforça a importância do treinamento da equipe para garantir uma execução eficiente nas lojas. “Planejamento sem execução não vale nada. Reposição rápida, exposição correta, atendimento ágil e leitura de loja fazem toda a diferença. O tripé gestão, processos e tecnologia é essencial para o sucesso”, conclui Ozawa, que também é professor da FIA Business School e autor do livro “Pentágono de Perdas: Transformando Perdas em Lucros”.

Para o varejista moderno, unir inteligência comercial, controle operacional e atenção à experiência do cliente é o caminho para transformar datas sazonais em grandes oportunidades de crescimento.