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Saudabilidade: mercado que cresce 27% ao ano

21/10/2025 • Atualizado pela ultima vez 1 Mês

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Os consumidores brasileiros estão mudando seus hábitos à mesa — e os supermercados precisam acompanhar esse movimento. Segundo dados da Euromonitor International, o mercado de alimentos saudáveis, orgânicos e funcionais já ultrapassa R$ 100 bilhões no Brasil, registrando crescimento anual de pelo menos 27%. O avanço expressivo reflete uma tendência que vai muito além das redes sociais: trata-se de uma transformação profunda nas intenções e padrões de consumo.

Estudos recentes reforçam essa virada. O levantamento “Tendências Consumo Alimentar”, da Croma Consultoria, mostra que marcas associadas à saudabilidade ganham cada vez mais relevância na mente dos consumidores.

A Nestlé lidera o ranking, sendo lembrada por 22% dos entrevistados como referência em alimentação saudável — índice que sobe para 41% entre a Geração Alfa e 37% entre os Baby Boomers. Em seguida aparecem Sadia, Del Valle, Mãe Terra, Danone, Perdigão, Seara e Jasmine, confirmando a força das grandes indústrias no diálogo com diferentes gerações em torno da saúde e do bem-estar.

De acordo com Edmar Bulla, fundador da Croma Consultoria e idealizador do estudo, essa mudança é consistente e aponta para um futuro em que os consumidores estarão ainda mais atentos aos ingredientes e à procedência dos produtos.

“A saudabilidade emerge como um pilar central nas escolhas alimentares. Há uma intenção clara de reduzir o consumo de alimentos vilões, como sal, gorduras e açúcares, enquanto opções saudáveis — frutas, verduras e alimentos integrais — ganham espaço na lista de compras”, explica.

Para o varejo supermercadista, a mensagem é clara: aderir ao movimento da saudabilidade é mais do que uma tendência — é uma necessidade estratégica. A presença de linhas saudáveis, áreas dedicadas a produtos naturais e a valorização de fornecedores locais podem ser diferenciais competitivos. Além disso, a comunicação clara sobre origem, benefícios nutricionais e sustentabilidade ajuda a construir confiança e fidelidade.

O estudo também destaca que, mesmo com o protagonismo de algumas empresas, o mercado segue aberto a novas narrativas e posicionamentos. Marcas intermediárias, como Aurora e Verde Campo, têm a oportunidade de fortalecer sua imagem, enquanto outras — como YoPro, Activia, Itambé e Ninho — precisam comunicar com mais intensidade seus atributos de saúde.

A projeção é de um futuro em que os supermercados serão agentes ativos na promoção da saúde, oferecendo produtos, informações e experiências de compra alinhadas ao novo perfil de consumidor. Como resume Bulla,

“À medida que a saúde se consolida como prioridade, observamos uma mudança significativa na percepção e nos hábitos alimentares dos brasileiros. Cabe ao varejo entender e responder a esse novo apetite por bem-estar”.

Aproveitamos a pauta para destacar a participação da Verde Campo na Revista Super Negócios de outubro. Na editoria Indústria em Cena, contamos os bastidores dessa empresa que está se posicionando no mercado de saudabilidade com muita consistência e estratégia. Vale muito a leitura (clique aqui).

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