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Alarme para o seu supermercado! Saiba como escolher o melhor modelo de monitoramento

A escolha do modelo deve considerar não apenas o investimento, mas também a cultura organizacional e o nível de risco envolvido em cada operação

31/10/2025 • Atualizado pela ultima vez 1 Mês

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Garantir a segurança corporativa é uma das prioridades mais estratégicas para qualquer supermercado — e, nesse contexto, escolher o modelo ideal de monitoramento de alarmes faz toda a diferença. Com o avanço das tecnologias de vigilância e a digitalização dos sistemas de segurança, as empresas podem optar entre soluções tradicionais, híbridas ou autogeridas, de acordo com o perfil e a maturidade operacional do negócio.

Para Carlos Eduardo Santos, presidente da Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (Abrappe), a escolha do modelo deve considerar não apenas o investimento, mas também a cultura organizacional e o nível de risco envolvido em cada operação.

“Mais do que tecnologia, a segurança corporativa é um processo de gestão. O melhor modelo é aquele que se integra à rotina da empresa e garante resposta rápida, controle das informações e redução efetiva de riscos”, destaca Santos.

Monitoramento Tradicional: segurança terceirizada com resposta imediata

O modelo tradicional é o mais consolidado no mercado e se baseia em uma central de monitoramento que acompanha imagens e sinais de alarme em tempo real. Nesse formato, uma equipe especializada é responsável por acionar contatos de emergência e autoridades quando necessário, além de disponibilizar relatórios e gravações por meio de plataformas online.

“É uma solução ideal para empresas que preferem delegar a responsabilidade da segurança para um parceiro especializado. Esse formato garante agilidade na resposta e reduz falhas humanas internas”, explica o presidente da Abrappe.

A principal vantagem desse modelo, segundo o executivo, está na terceirização completa da vigilância, o que permite que a empresa se concentre em sua operação principal sem abrir mão do controle sobre as ocorrências.

Monitoramento Híbrido: integração entre gestão interna e suporte especializado

O modelo híbrido tem se tornado uma tendência, especialmente entre empresas que já possuem uma estrutura interna de segurança, mas desejam otimizar processos e ampliar o suporte técnico. Nele, a empresa mantém o controle direto sobre o sistema e interage com a central de monitoramento em tempo real.

Essa integração permite que a equipe interna, que conhece as especificidades do negócio, trabalhe em conjunto com especialistas que dominam os protocolos de segurança. “O modelo híbrido é uma excelente alternativa para empresas em transição, que querem modernizar o sistema sem abrir mão da autonomia. Ele une o melhor dos dois mundos: controle e expertise”, analisa Santos.

Além disso, o registro detalhado das ações e das ocorrências facilita auditorias e análises pós-incidente, ajudando a aprimorar continuamente o processo de prevenção.

Monitoramento Efetuado pelo Cliente: autonomia total com suporte técnico sob demanda

No modelo de monitoramento efetuado pelo cliente, a empresa assume o controle total das operações de segurança, utilizando softwares próprios para o gerenciamento. A central atua como apoio em situações emergenciais, garantindo continuidade operacional.

“Esse modelo é recomendado para organizações com maturidade operacional e alto nível de controle interno. É preciso ter uma equipe bem treinada e protocolos claros de contingência para evitar vulnerabilidades”, ressalta o presidente da Abrappe.

O grande diferencial desse formato é a personalização total do sistema, permitindo que a empresa defina fluxos, alertas e parâmetros de acordo com suas necessidades específicas. Entretanto, exige investimento constante em capacitação e atualização tecnológica.

Decisão estratégica e prevenção inteligente

Na avaliação de Carlos Eduardo Santos, a escolha do modelo ideal deve ser feita de forma estratégica, considerando o porte da empresa, o tipo de operação e a exposição a riscos.

“Cada organização tem uma realidade distinta. A decisão deve partir de um diagnóstico técnico que identifique vulnerabilidades e recursos disponíveis. Segurança eficiente é aquela que combina tecnologia, gestão e cultura preventiva”, conclui.

Independentemente do modelo escolhido, o monitoramento de alarmes é um dos pilares da prevenção de perdas e da continuidade dos negócios. A integração entre tecnologia, processos e pessoas garante não apenas proteção patrimonial, mas também mais tranquilidade para gestores e colaboradores em todas as etapas da operação.