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O que o consumidor vem priorizando nas suas compras nos supermercados? Vem saber!

17/09/2025 • Atualizado pela ultima vez 2 Meses

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Em meio a um cenário econômico desafiador, marcado por inflação acumulada de 5,35% nos últimos 12 meses, segundo o IBGE, e índice de confiança do consumidor em 85,9 pontos pela FGV IBRE, os brasileiros estão ajustando suas estratégias de compra e redefinindo prioridades. A pesquisa “Consumo em Tempos de Inflação e Repriorização”, realizada pela Neogrid e pelo Opinion Box com 1.000 entrevistados de todo o país, revela tendências que devem orientar decisões de indústria e varejo.

“Os números desta pesquisa mostram uma mudança clara no comportamento de compra: o consumidor está mais atento, seletivo e consciente. Ele busca preço, mas sem abrir mão de qualidade, confiança e disponibilidade”, afirma Nicolas Simone, CEO da Neogrid.

A pesquisa indica que o preço continua sendo um fator decisivo: 66% dos consumidores apontam como o critério mais importante, seguido pela qualidade, mencionada por 60%. Para se adaptar, 82% afirmam trocar produtos por opções mais baratas, mas 18% mantêm suas escolhas habituais, valorizando a confiança e o valor percebido.

“Um dado que fala alto: 82% dos consumidores afirmaram ter trocado produtos que costumavam comprar por opções mais baratas nos últimos 12 meses. Mas os outros 18% também ensinam uma lição valiosa: há espaço para diferenciação, confiança e relevância. Porque, no fim, o shopper não escolhe apenas pelo preço. Ele escolhe pelo valor percebido”, explica Christiane Cruz, diretora executiva de Marketing e Performance na Neogrid.

Apesar da pressão sobre o orçamento, 73% dos entrevistados mantêm pequenos prazeres na cesta de compras, como chocolates, doces e refeições fora de casa. Júlia Villela, head de insights do Opinion Box, comenta: “Os dados nos mostram como o consumidor se adapta rapidamente em cenários de inflação, mudando hábitos e prioridades de compra. Entender esse comportamento é essencial para que marcas e varejistas consigam se antecipar, oferecer alternativas atrativas e manter a relevância em meio a um mercado cada vez mais desafiador.”

O estudo também revela o crescimento do comportamento omnichannel. Embora 64% realizem compras exclusivamente em mercados físicos, um terço combina canais presencial e online. Tiago Senna, head da BU de execução do varejo na Neogrid, reforça: “A presença em loja do consumidor deve ser vista como a oportunidade do varejista priorizar a experiência do shopper, onde ele realmente se diferencia do digital. Sortimento, precificação dinâmica e um estoque bem sinalizado, aliados à tecnologia, garantem decisões inteligentes e promoções eficazes.”

Além disso, ferramentas digitais, como inteligência artificial, ainda têm baixa penetração na rotina de compras: apenas 5% relatam utilizá-las para pesquisa de preços. Bruno Maia, Head de Dados e IA da Neogrid, observa: “O consumidor moderno quer ser reconhecido. Quer conveniência. Quer experiências únicas. Oferecer essa ponte entre desejo e realidade — seja na loja física ou no e-commerce — facilita a tomada de decisão, aumenta a confiança e melhora a performance das marcas no varejo.”

A pesquisa aponta também que o brasileiro mantém um equilíbrio entre cautela e otimismo: 76% acreditam que os preços subirão nos próximos 12 meses, mas 56% esperam melhora em sua situação financeira pessoal. “O consumidor ajusta expectativas de forma realista, antecipando impactos da inflação, mas confiante em estratégias próprias para se adaptar”, afirma Leandro Murta, diretor de inteligência comercial na Neogrid.

Outro ponto de destaque é a importância de dados estratégicos para a execução no ponto de venda. “Trabalhar com dados e ferramentas adequadas torna a gestão de estoque muito mais simples. Com NeoRetail, solução da Neogrid, é possível integrar sell-in e sell-out, ajustar sortimento, preços e abastecimento em tempo real, colocando o produto certo, no lugar certo e no momento certo”, completa Murta.

A pesquisa reforça que, mesmo em um cenário de inflação e restrição de orçamento, indústria e varejo podem transformar desafios em oportunidades. Conectar dados, tecnologia e experiência do consumidor é essencial para entregar valor real e fidelizar clientes em um mercado cada vez mais competitivo.

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