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'Espera-se que o setor supermercadista mantenha um cenário mais equilibrado nos próximos meses', vem entender!

12/03/2025 • Atualizado pela ultima vez 8 Meses

Economia
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Apesar da alta nos preços dos alimentos no setor de supermercados, os últimos dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) trazem sinais positivos para o consumidor. Em fevereiro, a inflação do grupo alimentação no domicílio, que engloba alimentos e bebidas vendidos nos supermercados, desacelerou na média nacional, registrando 0,79%. Esse foi o terceiro mês consecutivo de desaceleração, mostrando uma tendência de moderação nos reajustes de preços.

No Rio de Janeiro, o aumento foi de 0,86%, ficando apenas levemente acima da média nacional. O estado teve a segunda menor inflação do Sudeste no setor, perdendo apenas para São Paulo (+0,11%), o que representa um impacto menos severo no orçamento das famílias fluminenses em comparação a outras regiões do país.

Além disso, alguns produtos essenciais para o consumo no dia a dia tiveram queda de preço, o que ajudou a aliviar a pressão sobre o bolso dos consumidores. Entre os itens que ficaram mais baratos no Rio em fevereiro estão o leite longa vida (-3,39%), o feijão-preto (-7,52%) e o arroz (-0,16%), três itens fundamentais na mesa do brasileiro. O frango em pedaços (-0,10%) e refrigerantes e águas minerais (-0,53%) também tiveram redução.

Outro fator positivo foi a queda nos preços dos produtos de limpeza nos supermercados fluminenses, com uma deflação de -0,29% em fevereiro. Destaque para a redução dos preços do amaciante e alvejante (-1,98%), desinfetante (-1,27%) e água sanitária (-2,21%), itens essenciais para a higiene e segurança das residências.

No acumulado do primeiro bimestre do ano, o Rio de Janeiro também se destacou positivamente. O estado registrou a sexta menor inflação do país no setor de alimentação no domicílio (+1,68%), um resultado inferior à média nacional (+1,87%) e o segundo melhor do Sudeste, ficando atrás apenas de São Paulo (+1,04%).

Outro ponto de atenção é que, enquanto os artigos de higiene pessoal tiveram aumento de preço em fevereiro (+0,85%), alguns produtos desse segmento registraram queda, como os produtos para cabelo (-0,42%) e fraldas descartáveis (-1,21%).

De acordo com o consultor econômico da ASSERJ, William Figueiredo, “os dados indicam que, apesar da pressão inflacionária, o ritmo de aumento dos preços está reduzindo e alguns itens essenciais estão se tornando mais acessíveis para os consumidores. Com essa tendência, espera-se que o setor supermercadista mantenha um cenário mais equilibrado nos próximos meses”, afirma.