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Alta nos supermercados fluminenses. Vem saber!

08/07/2025 • Atualizado pela ultima vez 5 Meses

Economia
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O setor supermercadista do Rio de Janeiro voltou a apresentar crescimento em maio, com avanço real de 1,2% na receita, já descontada a inflação, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Este foi o segundo mês consecutivo de alta — em abril, o crescimento foi de 3,8%.

Segundo o consultor econômico da ASSERJ, William Figueiredo, o resultado é ainda mais significativo ao considerar a base elevada de comparação. “Em maio do ano passado, o setor já havia registrado uma expansão de 8,1%. Mesmo assim, conseguimos avançar. Isso mostra a resiliência dos supermercados fluminenses em um cenário de desaceleração do consumo e retração em outros segmentos do varejo”, explica.

Enquanto os supermercados mantiveram desempenho positivo, o varejo como um todo, no estado, teve retração de 0,9% em maio — o quarto mês seguido de queda. Os setores que mais contribuíram para o resultado negativo foram Combustíveis (-12,8%), Vestuário e calçados (-2,7%) e Equipamentos de informática e comunicação (-1,8%).

Com isso, os supermercados se mantêm como um dos principais motores do varejo fluminense. “Já são 23 meses seguidos em que o setor supermercadista cresce mais que o varejo geral no estado. Isso evidencia a força do setor e sua capacidade de se adaptar rapidamente ao comportamento do consumidor”, destaca o presidente da ASSERJ, Fábio Queiróz.

Desempenho regional e nacional

Em âmbito nacional, o setor também cresceu em maio, com alta de 1,6% frente ao mesmo mês de 2023. Todas as doze unidades da federação pesquisadas pelo IBGE apresentaram avanço nas vendas, com destaque para Santa Catarina (+5,8%). O Rio de Janeiro (+1,2%) teve o quarto menor resultado estadual e ficou abaixo da média nacional, mas ainda assim registrou o segundo melhor desempenho do Sudeste, atrás apenas do Espírito Santo (+2,4%).

No acumulado do ano até maio, a receita dos supermercados fluminenses cresceu 1,6% em termos reais. Apesar de positivo, o ritmo de crescimento tem se desacelerado nos últimos 12 meses, refletindo a base de comparação elevada de 2024, quando o setor avançou 6,4% no mesmo período.

Mesmo com esse arrefecimento, o setor supermercadista foi novamente responsável por amenizar o desempenho negativo do varejo no estado, que acumula retração de 1,9% até maio — o pior início de ano desde 2020, período impactado pela pandemia. “O setor supermercadista continua sendo um pilar de sustentação do varejo fluminense. Em um cenário macroeconômico ainda desafiador, manter o crescimento, mesmo que em ritmo moderado, já é uma vitória”, conclui Fábio Queiróz.

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