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Em setembro, supermercados do Rio registram deflação pelo quinto mês consecutivo. ASSERJ explica cenário

10/10/2025 • Atualizado pela ultima vez 1 Mês

Economia
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Após a deflação registrada em agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do Brasil, voltou a subir em 2025. Segundo os dados divulgados na última quinta-feira, 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA indicou alta de 0,48% em setembro.

Apesar da aceleração na comparação com o oitavo mês do ano (0,59 ponto percentual), o número ficou abaixo do projetado pelo mercado, que esperava uma elevação de 0,55%. No acumulado de 2025, o indicador soma 3,64%. Já especificamente o varejo supermercadista do Rio de Janeiro registrou deflação no nono mês do ano.

Alimentação, mais uma vez, ajuda na redução da inflação no Brasil. Supermercados do Rio têm baixa de preços

Segundo o IBGE, três dos nove grupos pesquisados apresentaram variação negativa. Os principais responsáveis por pressionar a inflação foram os setores de Habitação (+2,97%), Vestuário (+0,63%) e Despesas Pessoais (+0,51%). Já os grupos a registrar retração foram Artigos de Residência (-0,4%), Comunicação (-0,17%) e Alimentação no Domicílio, que concentra os alimentos e bebidas vendidos no varejo supermercadista, que apontou baixa de 0,26%, a quarta deflação consecutiva.

Considerando somente o cenário do Rio de Janeiro, o índice de inflação de Alimentação no Domicílio recuou pelo quinto mês consecutivo, com queda de 0,76% em setembro (abaixo da média nacional), a quinta maior do país e a segunda do Sudeste. No acumulado ao fim do terceiro trimestre de 2025, o estado tem a quarta maior deflação entre os entes federativos, e a maior do Sudeste, no setor de Alimentação no Domicílio (-0,16%), muito inferior à média nacional (+1,66%).

Da categoria de alimentos e bebidas vendidos nos supermercados do Rio, 50,6% tiveram queda de preços em setembro, com destaque para: alho (-13,67%); tomate (-13,35%); cebola (-6,42%); feijão preto (-5,03%); batata inglesa (-4,87%); azeite (-4,71%); laranja pera (-4,1%); frango inteiro (-2,64%); macarrão (-2,17%); açúcar cristal (-2,05%); ovos (-1,72%); patinho (-0,96%); e café moído (-0,84%).

Já entre as altas, as principais foram: limão (+26,57%); óleo (+3,12%); cenoura (+2,5%); banana prata (+2,34%); chocolate em barra (+1,42%); couve (+1,99%); contra-filé (+1,87%); leite longa vida (+1,52%); alface (+1,47%); chocolate em barra (+1,42%); cerveja (+1%); e alcatra (+0,47%).

Resultado apresenta oportunidades para o varejo supermercadista fluminense

A quinta deflação seguida nas categorias de maior importância para o varejo supermercadista apresenta a sequência de uma janela de oportunidade que vem se consolidando no cenário fluminense. Produtos mais baratos nas gôndolas significam alívio no orçamento dos consumidores e maiores possibilidades de atração. Baixa de preços também pode significar a chance de renegociação com fornecedores. Mas, atenção, aproveitar oportunidades exige acompanhamento, análise e boa gestão, antecipando fatores futuros que possam reverter a maré de baixa ou afetar de forma específicas certas categorias.