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Conecta Varejo: Estratégias de compartilhamento de dados impulsionando a indústria e o varejo

17/10/2023 • Last updated 2 Years

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O último painel do Conecta Varejo, no primeiro dia do evento, foi sobre Estratégias de compartilhamento

de dados impulsionando a indústria e o varejo. Participaram do debate Adriana Muratone,

Sócia Consultora da Actavox, Andrea Rolim, da presidência da Kimberly-Clark Brasil, e Vanessa

Sandrini, Diretora de Varejo da JHSF & Fasano.

Na abertura do painel, Adriana Muratone, Sócia Consultora da Actavox, falou sobre a evolução da indústria e as peculiaridades de cada fase ao longo dos anos. “Na indústria 3.0 tivemos a chegada dos computadores, na indústria

4.0 a novidade foi o sistema de comunicação integrado onde muitas vezes nem se via o ser

humano na fábrica, ele saía da linha de produção. Já a indústria 5.0 é quando a gente está na

mais alta colaboração entre o ser humano e a indústria com uso de altas tecnologias,

Inteligência Artificial, o ser humano interage com a máquina e robôs colaborativos. É quando

acontece a hiper personalização, uma demanda do nosso shopper. Obviamente não é todo

parque industrial que está neste nível, temos industrias ainda percorrendo fases diferentes de

acordo com o desenvolvimento e realidade de cada uma”, pontuou.

Adriana explicou também a importância da gente entender o cenário que estamos

vivendo nos dois mundos que é a cadeia de consumo como um todo. “Se a gente pensar no

contexto, hoje, não existe barreira de entrada, o nosso concorrente entra de qualquer lugar. O

segundo ponto que a gente também precisa observar é que existe uma oferta gigantesca de

informações e dados, só que muitas vezes a gente esquece que o uso da informação é

emergente, só tem valor até o momento que a gente utiliza. A velocidade da obsolescência da

informação é gigantesca”, detalhou Muratone.

Sobre a complementariedade entre varejo e indústria, Adriana ressaltou que é uma simbiose

fundamental no ciclo do consumo. “A gente precisa entender que o que um lado tem, o outro

lado pode não ter na íntegra, por isso a complementariedade tem vários benefícios. Outra

questão importante é o patamar de mudança de operação, se eu tiro o melhor do meu

negócio e do negócio do meu fornecedor, eu consigo operar em um outro nível de eficiência,

saio do básico na minha rotina operacional e consigo entregar mais valor”.

Em relação à evolução do varejo e o futuro, Andrea Rolim, da presidência da Kimberly-Clark

Brasil, mencionou a relevância do consumidor e frisou que o poder dele está cada vez maior e

vai continuar aumentando. “As marcas que não tiverem propósito e que não fizerem um

trabalho bem feito vão deixar de ter relevância. O consumidor quer encontrar na loja física o

que ele viu online, ele quer experiência e só volta a comprar produtos da marcar se a

experiência for boa. O consumidor vai ter o poder de decisão e a experiência é o que importa”.

Andrea Rolim falou também sobre a troca de dados entre varejo e indústria. ”Dependendo do

varejo que você está olhando existem níveis de maturidade muito diferentes. Tem varejos com

trocas de dados muito eficientes com a indústria e outra parcela do varejo, como lojas

menores e cadeias menos estruturadas, onde isso é muito difícil tanto por deficiência de

sistema como também pela cultura. Neste mundo que a gente está só vai evoluir, prover

produtos melhores e experiências diferenciadas se houver colaboração na relação como um

todo”, concluiu Andrea.

Sobre o projeto Empório Fasano, Vanessa Sandrini, Diretora de Varejo da JHSF & Fasano,

conversou sobre o ecossistema de luxo da holding JHSF que é dedicada ao cliente de alta

renda. “O Fasano está em uma categoria de muita relevância por ser uma marca de luxo de

120 anos e tem a preocupação de construir uma recorrência junto ao consumidor. Somos

obsessivos pela excelência no atendimento e a jornada do nosso consumidor. Esperamos que

o consumidor tenha conosco uma experiência sempre incrível e a partir disso gerarmos

recorrência nos produtos que o ecossistema oferece”. destacou.

A diretora falou também como acontece a coleta de dados dos clientes e disse que a principal

receita da holding é a venda do residencial nos condomínios. “A partir do setor imobiliário a

gente coleta os dados desse cliente, seja do desejo de ter esse residencial conosco ou

de qualquer produto que esteja ligado a esse ecossistema de luxo. Quando a gente lida com

um cliente a partir de um bem, a gente começa uma relação de longo prazo. Então, a partir

daí, a indústria começa a ter a intenção de desenvolver produtos que permeiem essa relação

pela recorrência do consumidor. O nosso lado é compartilhar com a indústria como de forma

genuína a gente entrega juntos essa excelência o tempo inteiro”, explicou Vanessa.

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