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Descubra como a tecnologia pode transformar o supply chain do seu supermercado

07/08/2025 • Last updated 4 Months

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A cadeia de suprimentos funciona como uma engrenagem: se um componente falha ou atrasa, todo o sistema sente o impacto. Em um mercado cada vez mais dinâmico e competitivo, com consumidores mais exigentes e margens mais apertadas, manter o supply chain alinhado à estratégia da empresa deixou de ser uma vantagem para se tornar uma necessidade. No entanto, muitas empresas seguem operando com modelos defasados, sem perceber os sinais claros de que é hora de mudar.

“Um supply chain ineficiente custa caro e limita o crescimento das empresas. A boa notícia é que, hoje, a tecnologia permite uma gestão muito mais estratégica, integrada e inteligente”, afirma Dionaldo Passos, diretor da unidade de negócios de supply chain da Neogrid.

Entre os principais indícios de que a estratégia atual precisa ser revista está a recorrência de rupturas de estoque descobertas apenas depois que o problema já atingiu o cliente. É quando um supermercado só percebe que está sem cerveja no fim de semana ao notar que os pedidos pararam de sair — e que o concorrente da esquina está cheio. Para o especialista, esse é um sinal claro de que há falhas na visibilidade e na antecipação de riscos. “A ruptura é o sintoma de uma operação que está no modo reativo. Com dados e automação, é possível antecipar esses gargalos antes que afetem o consumidor”, alerta.

Outro ponto crítico é a falta de alinhamento entre os times comercial e de supply. Quando as áreas não se comunicam, o risco de ações mal dimensionadas aumenta — como no caso de uma indústria que lança uma promoção relâmpago sem envolver o time de planejamento, esgotando o estoque em poucos dias e frustrando os pontos de venda. “Planejamento conjunto é fundamental. Supply chain não é um departamento isolado: é o elo entre as decisões comerciais e a entrega real ao consumidor”, destaca Dionaldo.

Problemas de distribuição também revelam falhas estratégicas. É o caso de empresas que enfrentam excesso de estoque em uma região e falta do mesmo produto em outra. Um exemplo comum é o de uma rede varejista com milhares de unidades de um eletrodoméstico encalhado no Sul, enquanto no Sudeste a demanda pelo mesmo item está alta — mas a redistribuição não acontece a tempo. “Isso mostra ausência de inteligência na malha logística. Com um sistema que integra toda a cadeia, é possível otimizar a distribuição e atender a demanda certa, no lugar certo”, explica.

A dependência de planilhas manuais e decisões baseadas em feeling também compromete a eficiência do supply chain. O esquecimento de atualizar uma planilha de consumo médio, por exemplo, pode levar a um pedido mal dimensionado e a uma ruptura inesperada. “A previsibilidade é uma das grandes vantagens da automação. Com inteligência artificial e dados históricos, conseguimos prever padrões de consumo e agir de forma muito mais assertiva”, afirma o executivo.

Por fim, custos logísticos em alta, sem explicação clara sobre os gargalos, são um sinal de alerta. Quando uma operação gasta mais com reentregas e devoluções do que com o frete principal, por exemplo, o problema pode estar na forma como os pedidos são planejados e os estoques posicionados. “Custos logísticos fora de controle geralmente estão ligados à falta de visibilidade da operação como um todo. É preciso enxergar a cadeia de ponta a ponta para tomar decisões baseadas em fatos”, completa Dionaldo.

Para resolver esses desafios, a aposta está na tecnologia. Soluções como o DRP (Distribution Requirements Planning) automatizam o planejamento de abastecimento e distribuição, reduzem rupturas e excessos, melhoram a eficiência dos estoques e integram toda a cadeia de suprimentos, do fornecedor ao ponto de venda. Entre os benefícios estão a previsão inteligente de demanda e sazonalidade, a redução de custos operacionais, o planejamento multicanal, alertas de risco em tempo real e dashboards com indicadores de desempenho.

“O futuro do supply chain é preditivo, automatizado e conectado. Quem não adotar essa mentalidade ficará para trás. A tecnologia deixa de ser diferencial e passa a ser condição básica de competitividade”, conclui Dionaldo Passos.

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