Método PVPS: você aplica na sua loja para evitar perdas?

Todos que atuam no varejo supermercadista sabem: as quebras operacionais e as perdas por degradação representam um dos maiores desafios da gestão. Muitas vezes invisíveis no dia a dia, esses problemas estão diretamente ligados a falhas de manuseio, transporte e armazenamento inadequados, além da exposição dos produtos em condições fora dos padrões ideais.

Tratar o tema com seriedade torna-se essencial para garantir a rentabilidade do setor. Para Carlos Eduardo Santos, presidente da Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (ABRAPPE), “as quebras operacionais e a degradação não são apenas custos inevitáveis: são pontos de atenção que podem ser significativamente reduzidos com gestão, tecnologia e capacitação. Prevenir perdas é proteger a margem e entregar valor ao consumidor”.

A boa notícia é que Santos ressalta que existem estratégias eficazes para minimizar essas perdas. Entre elas estão a gestão de validade dos produtos com aplicação do método PVPS (primeiro que vence, primeiro que sai) e a criação de equipes dedicadas a monitorar prazos, além da manutenção preventiva dos sistemas de refrigeração, associada ao uso de tecnologia de monitoramento de temperatura com alertas inteligentes.

"Aliado a isso, o treinamento constante da equipe para manuseio correto de itens sensíveis, desde frutas até produtos frágeis, é fundamental. E, claro, a otimização do layout do estoque para evitar empilhamentos inadequados e quedas de mercadorias também faz diferença. Outro ponto importante é o monitoramento digital de estoques, utilizando ferramentas que alertem em tempo real sobre risco de deterioração", explica Santos.

O presidente da ABRAPPE reforça que o investimento em tecnologia e em pessoas é decisivo. “Quando o varejista combina sistemas de monitoramento, processos bem definidos e equipes treinadas, o impacto é imediato: menos perdas, mais eficiência e maior confiança do cliente. A prevenção de perdas precisa ser entendida como parte estratégica da operação”.

Em um setor onde a margem é estreita e a competitividade é alta, reduzir quebras operacionais e perdas por degradação não é apenas uma questão de eficiência — é um caminho para sustentar a rentabilidade e a sustentabilidade do negócio.