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Ruptura nos supermercados recua em julho. E a ASSERJ te conta os motivos.

25/08/2025 • Last updated 3 Months

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O Índice de Ruptura da Neogrid, que mede a ausência de produtos nas gôndolas do varejo supermercadista brasileiro, fechou julho em 12,2%, recuo de 1,4 ponto percentual em relação a junho (13,6%). Entre os itens que mais contribuíram para a queda estão alimentos essenciais como açúcar, arroz, azeite, café e feijão. O único segmento em alta foi o de ovos de aves.

“Não se trata exatamente de desaceleração. A inflação ainda persiste e o preço continua moldando o comportamento de compra”, explica Robson Munhoz, diretor de Relações Corporativas da Neogrid. “O consumidor está cada vez mais seletivo e racional, e isso, aliado a um varejo que não cresceu em julho, ajuda a justificar a redução da ruptura.”

No Rio de Janeiro, o preço da cesta básica caiu pelo terceiro mês consecutivo. Segundo levantamento do Dieese, a retração em julho foi de 2,33%, prolongando o alívio no orçamento das famílias cariocas. A queda foi puxada principalmente pela batata (-35,51%, devido à safra de inverno), arroz agulhinha (impulsionado pelas importações), feijão-preto (excesso de oferta da safra 2024/2025), café em pó (maior colheita e tarifaço americano) e açúcar (maior oferta e menor demanda).

“Foi a maior queda de preços da cesta básica em 2025, além do terceiro mês seguido de deflação no Rio — após maio (-0,20%) e junho (-0,56%). Um alívio para a população carioca, que destina grande parte da renda às compras de alimentos e bebidas no varejo supermercadista”, analisa William Figueiredo, consultor econômico da ASSERJ.

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