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Feijão em movimento: sua estratégia de preços está pronta?
Os preços dos feijões carioca e preto registram alta generalizada, de acordo com levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Para o feijão carioca de melhor qualidade (notas 9 ou superior), a combinação de procura aquecida e “postura firme dos produtores, que buscam negociar novos lotes a valores maiores”, sustenta o movimento. A oferta de grãos com padrão superior também está menor, reforçando a pressão. No caso do feijão preto tipo 1, a entressafra e a necessidade de recomposição de estoques mantêm o mercado ativo. Apesar da reação recente, “os valores do grão preto seguem próximos ou ligeiramente abaixo das médias históricas do Cepea”, que considera dados desde setembro de 2024. Visão do varejo Para Andenilson Vidal, diretor comercial do Supermercados Unidos, o cenário já vinha dando sinais de mudança: “Houve uma retração de informações de preços de alguns produtores, e algumas marcas até pareciam estar segurando os valores. As vendas fracas neste mês também causaram uma menor procura, mas logo veio a informação de aumento. Digamos que era esperado, mas não acreditávamos, ainda mais com dados da Scanntech mostrando a queda vertiginosa de cereais como arroz e feijão.” Segundo ele, a estratégia agora é manter o relacionamento com os atuais fornecedores: “Agora é buscar ações, mas, na maioria dos casos, não existe troca de fornecedor ou produtor, principalmente por se tratar de produtos fidelizados e regionalizados — o cliente, em geral, tem sua marca preferida. O que pode acontecer são ofertas com aplicação de margens reduzidas para chamar o cliente.” Já João Marcio, diretor comercial do Princesa, relata que ainda não se percebe um aumento efetivo nos preços do feijão, nem uma tendência clara de alta. O que ele observa é uma tentativa da indústria de puxar os preços para cima, especialmente depois da forte queda ocorrida nos últimos meses. "Existe, de fato, uma vontade de reajustar os valores, mas não há firmeza nesse movimento. Não sentimos que a alta seja motivada por demanda ou por problemas de safra; parece mais um esforço da indústria para melhorar um pouco os números, que estão em níveis muito baixos, do que uma necessidade real de aumento. Portanto, embora esse seja o patamar sugerido, ainda não é possível garantir que os preços se mantenham nesse nível." Produção e consumo O Brasil é um dos maiores produtores de feijão do mundo, especialmente das variedades carioca e preta. Na safra 2023/24, a produção nacional alcançou 3,24 milhões de toneladas, alta de 6,8% sobre o ciclo anterior. O consumo interno, embora robusto, apresenta queda per capita, influenciado por mudanças nos hábitos alimentares e pela concorrência de outros alimentos. Mesmo com demanda doméstica significativa, o país reforça sua presença no mercado internacional. De janeiro a novembro de 2024, as exportações brasileiras de feijão somaram 304,95 mil toneladas — o maior volume já registrado. No campo, a colheita da terceira safra 2024/25 está na reta final, enquanto produtores iniciam o plantio de 2025/26. Especialistas alertam que os custos de produção também subiram, o que pode afetar a rentabilidade. A oferta limitada de grãos de qualidade superior deve continuar pressionando preços, principalmente se a demanda externa se mantiver firme. Perspectivas para 2025/26 Para a próxima safra, a expectativa é de preços estáveis. “O cenário é de manutenção de preços. Isso significa que serão preços históricos na média”, afirmou Sílvio Porto, diretor de Política Agrícola e Informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Segundo ele, os valores devem ficar abaixo dos picos da pandemia, “mas sem quedas bruscas”. Porto descarta repetições de recordes: “Não dá para imaginar que nós vamos ter de novo soja acima de R$ 200 ou a saca de milho acima de R$ 100. Isso nós não vamos ter”. Ele avalia que a estabilidade favorece o sistema de produção, trazendo previsibilidade e impacto positivo nas cadeias de ração animal, carnes e, por consequência, nos preços ao consumidor. Componentes externos, como “o tarifaço dos Estados Unidos” e a possível ocorrência do fenômeno climático La Niña — que tende a reduzir as chuvas no Sul —, são pontos de atenção. Ainda assim, Porto acredita que “o Brasil acaba se posicionando bem, tende até a se beneficiar desse processo, ao contrário do que imaginaram quando foi imposto isso”. Feijão, uma “caixinha de surpresa” O único alerta no curto prazo é para o feijão carioca, que pode apresentar sobressaltos de preços em 2025/26. “Está havendo uma pressão de preços muito significativa e há análises de que talvez nós tenhamos alguma surpresa de uma retomada de preços em um patamar um pouco superior do feijão”, disse Porto. “Se manter a projeção da safra, eu diria que vai ter estabilidade, mas o feijão é sempre uma caixinha de surpresa.” A Conab projeta para 2025/26 colheita de cerca de 3 milhões de toneladas, consumo de 2,8 milhões e estoques de passagem levemente mais altos. A companhia observa que “o feijão mantém quadro de oferta elástica e decisões táticas”, destacando que as redes varejistas operam com estoques mais enxutos e seletivos, o que pode interromper, mesmo que de forma moderada, a trajetória de queda ao consumidor.
24/09/2025
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"O ouro só vem quando você usa dados a seu favor", ALAS e ASSERJ promovem webinar sobre o futuro do varejo
A Associação de Supermercados das Américas (ALAS), em parceria com a ASSERJ e a Yango Tech, promoveram, nesta terça-feira, 23 de setembro, o webinar, "O Futuro do Varejo Supermercadista com Inteligência Artificial". O encontro contou com as participações de Fábio Queiróz, presidente da ASSERJ e 1º vice-presidente da ALAS, e de Guilherme Czillich Alvim, head de Vendas da Yango Tech no Brasil. Inteligência Artificial no varejo supermercadista: da sensibilização à aplicação prática A Inteligência Artificial já deixou de ser uma tendência e se tornou uma realidade concreta no varejo supermercadista. Os palestrantes exploraram como a IA transforma a jornada do cliente, desde a busca por produtos até a finalização da compra, trazendo personalização e eficiência para toda a operação. Guilherme Alvim explicou: "Hoje vemos muita gente falando de IA, mas ainda existe certo preconceito em algumas empresas: será que é a hora de embarcar nessa? Será que devo esperar mais um pouco? Mas o fato é que todo mundo está falando do tema. Então, tem muita coisa legal acontecendo e, claro, aqui na Yango não é diferente. Por sermos uma empresa 100% de tecnologia, a ideia é justamente ajudar a disseminar esse conhecimento, trazer informações e deixar claro até onde conseguimos evoluir e tudo que já mapeamos como oportunidade. Atualmente temos diversas soluções, algumas puramente de IA, muitas delas embarcadas em outros sistemas que já fornecemos para o varejo. Um exemplo é a nossa plataforma completa de e-commerce, que vai de ponta a ponta, desde o momento em que o cliente acessa o aplicativo ou o site, até a chegada do pedido na casa dele. Em várias etapas desse processo a IA está presente. Não é uma aplicação simples ou pontual, mas sim um uso completo. Desde a busca, que é algo extremamente sensível, até compreensão dos hábitos de consumo, recomendação de produtos com base nesses hábitos e vai ajustando as sugestões ao longo do tempo. Não existem dois aplicativos iguais, cada cliente faz suas compras, e a IA personaliza a experiência conforme o histórico de consumo. Isso está disponível para qualquer supermercadista. As recomendações, seja em cross-sell ou upsell, também são feitas com base nesse entendimento. Dessa forma, aumentamos o ticket médio, incrementamos vendas e deixamos a jornada mais fluida. Temos ainda um editor de IA para base de produtos. Quando falamos de compra online, todo mundo sabe que a decisão começa pelos olhos. Uma boa imagem ou vídeo é determinante. Hoje nosso sistema gera automaticamente imagens, vídeos e descrições de produtos, tudo para facilitar e automatizar o dia a dia dos varejistas. E claro, oferecemos também um assistente de IA. Imagine: ‘Quero organizar um churrasco para 10 pessoas em casa’. O assistente calcula o volume de produtos necessário, sugere itens e até lista ingredientes de receitas específicas. Isso mostra como a IA já está presente desde o início da jornada do cliente até a finalização da compra". Fábio Queiróz destacou: "O que eu vejo é o seguinte: a velocidade de transformação do varejo é muito diferente de outros setores. Quando surgiu a IA, vimos muitos questionamentos. Yuval Harari (professor e autor de best-sellers internacionais), por exemplo, dizia que a IA mudaria e dominaria o mundo. Ao mesmo tempo, havia desconfiança e apostas no metaverso como grande protagonista. Pois bem, essa fase já passou. Hoje, qualquer cidadão, mesmo sem ser especialista, entende que a IA veio para ficar e para transformar. Já avançamos para agentes inteligentes e estamos caminhando em passos largos rumo a humanoides. Mas embora o debate sobre o futuro seja fascinante, reconheço que, no presente, a discussão é ainda mais relevante, e talvez menos charmosa. O varejo já se utiliza da IA. Faço questão de frisar: a velocidade de implementação no setor é mais lenta. Nossa operação é dura, complexa, e sobra pouco tempo para absorver novas tecnologias. Ainda assim, o supermercadista já está trilhando esse caminho. O desafio é utilizá-la de forma a realmente aumentar vendas e melhorar a experiência de compra. Gosto muito da palavra sensibilização. Para mim, ela é o primeiro degrau da transformação. Mais do que iniciar, sensibilizar significa introduzir no coração e na mente aquilo que vai ser feito. Vejo um varejo sensibilizado para a IA, mas que ainda precisa integrá-la com sua área comercial e de retail media, que demandam mais IA para chegar a resultados mais profundos. Colocar uma tela de LED na loja é apenas o primeiro passo. O desafio é ir além, integrar dados e inteligência de forma simples e acessível. Fecho essa primeira fala com uma provocação: como você, supermercadista, vai usar a IA para ler dados? Mais ainda: como vai usá-la para vender? E, de forma umbilical, como vai aplicá-la para melhorar a experiência de compra do consumidor?". Loja física e online conectadas: omnichannel potencializado pela IA O consumidor moderno exige experiências consistentes, seja na loja física ou no e-commerce. Como promover a integração entre canais e tecnologias permite oferecer uma jornada de compra fluida, sem frustrações e com máxima conveniência? Guilherme Alvim pontuou: "Estamos vendo que cada vez mais a omnicanalidade é uma realidade. O cliente que vai à loja precisa ter o mesmo tipo de experiência de quem compra em casa, e vice-versa. E uma coisa interessante é que um canal sempre convida o consumidor a conhecer o outro. Se eu comprei primeiro online e tive uma experiência legal, automaticamente vou até a loja para conhecer de onde comprei. E o contrário também acontece. Isso, para mim, é um ponto superinteressante. Essa experiência vai se ampliar à medida que cada vez mais pessoas tenham contato com inteligências aplicadas dentro da loja. Hoje já começamos a ver isso acontecendo. Hoje já temos uma solução de IA que mapeia os produtos dentro da loja por meio de câmeras com visão computacional. E para quê serve isso? Para evitar ruptura, garantir mais assertividade no cumprimento de planogramas e assegurar que os preços estejam sempre corretos, de acordo com o que está definido no sistema, e não apenas na etiqueta física. Assim, conseguimos manter essas etiquetas sempre atualizadas e, a partir disso, garantir a melhor experiência para o cliente. O resultado é simples: os produtos sempre disponíveis, no lugar certo, e a loja com a sensação de que acabou de ser inaugurada, bonita, com as gôndolas cheias e organizadas. E todo mundo sabe: isso, no fim das contas, se transforma em venda. Além disso, temos diversas outras soluções. Por exemplo: enquanto garanto que o que estou mostrando no online realmente está disponível no estoque da loja física, também ofereço uma experiência muito melhor para o cliente no digital e não gero frustração. É justamente essa interação entre os dois mundos, físico e digital, que está ganhando cada vez mais força". Fábio Queiróz ressaltou: "Eu estive na NRF este ano, em janeiro, e tive contato com uma tecnologia que achei muito legal para integrar a loja física ao online, chamada Lift and Learn. Lift, de erguer, tirar o produto da gôndola, numa tradução bem varejista. E Learn é aprender. Então funciona assim: você tira o produto da gôndola e, imediatamente, aparece na sua frente uma tela mostrando tudo o que você quiser saber sobre ele. Vou dar um exemplo pessoal: tenho uma banda de pop rock, sou cantor, e sempre soube que romã fazia bem para a garganta. Mas eu não sabia que também era bom para a imunidade. Pois bem, quando tiro o romã da gôndola, aparece numa tela de LED, bem à minha frente, todas as propriedades do produto. E não para por aí: nessa mesma tela posso incluir o item no meu carrinho virtual e até pedir entrega em casa, caso eu esteja, por exemplo, indo para o trabalho e tenha parado no supermercado para fazer compras. Mas onde entra a IA nessa história? Até aqui, é um processo totalmente tecnológico, mas ainda não falei de IA. Acontece que, nessa mesma tela de LED, nem preciso do lift, nem preciso erguer o produto. Por meio de IA aplicada, a tela já consegue me ler e hiperpersonalizar a minha experiência de compra. Só de olhar para a tela, ela reconhece o Fábio Queiroz, que gosta de tomar cerveja e não tem o hábito de comprar vinho, e pode me impactar não apenas com o romã que está na minha frente, mas também com cervejas e promoções da loja, e assim por diante. Separei esses dois exemplos para destacar uma coisa: a loja física vai mudar, e muito. Quando surgiram o e-commerce e a IA, alguns mais precipitados já diziam que as lojas iriam acabar. Mas a resposta logo veio: as lojas não vão acabar, elas vão se transformar e se integrar. Essa discussão já está superada. O que falta debater é como essa transformação vai acontecer. E, na minha opinião, essa mudança será profunda". O futuro do varejo hiperpersonalizado: cuidado, ética e IA Os dados gerados pelos clientes são um recurso valioso, mas o verdadeiro "ouro" está além deles, principalmente quando o tema envolve a hiperpersonalização, impulsionada por IA, permitindo oferecer recomendações e experiências individualizadas, aumentando vendas e fidelização. Guilherme Alvim expôs: "Já entrando um pouco mais no detalhe: quando falamos de busca inteligente, a solução não se limita a palavras-chave. Ela compreende o significado e a intenção do usuário. Ou seja, basta começar a digitar algumas letras e ela já entende o que estou buscando. Isso é oferecer uma experiência cada vez melhor para o cliente. Inclusive, é um bom ponto do que o Fábio trouxe: ainda temos muitas pessoas se perguntando como usar a IA ou quem vai colocar a mão na massa. A verdade é que muitas dessas funcionalidades já trabalham sozinhas, porque estão embarcadas na solução. Isso torna o uso muito mais simples e acessível. E qual é o grande diferencial? A IA entende exatamente os hábitos de consumo e o contexto da busca. Por que aquela pessoa está procurando determinado item naquele momento? Ela cruza diversos parâmetros para personalizar de fato a experiência. Pessoa por pessoa. Esse é o ajuste fino: captar a individualidade de cada cliente e personalizar sua jornada. E os resultados são claros. Só com a aplicação dessa tecnologia já ajudamos outros varejistas a alcançar, por exemplo: 5% de aumento no faturamento e 12% a mais de taxa de cliques. Isso gera confiança e aumenta a probabilidade de compra. Outro dado importante: 68% dos compradores abandonam o site se não encontram rapidamente o que procuram ou se não têm uma boa experiência de navegação. O digital vive nessa lógica de velocidade, diferente do físico. Na loja, o cliente quer explorar, olhar todos os produtos, viver a experiência do varejo. Já no digital, o ritmo é muito mais acelerado. Por isso, precisamos estar preparados para atender a todos os perfis de público, o que busca conveniência imediata e o que valoriza a jornada completa". Fábio Queiróz ratificou: "O cliente hoje nos fornece a matéria-prima, o ouro. E explico o porquê: são os dados. Mas o ouro mesmo só vem quando você consegue usar esses dados a seu favor. Porque dados hoje, como diz Vicente Falconi (consultor em gestão e escritor, eleito uma das 21 vozes do século XXI pela American Society for Quality), não são o novo petróleo. Saber o que fazer com eles é o novo petróleo. Pois bem, nesse cenário de saber o que fazer com os dados, o consumidor nos impõe apenas uma exigência: hiperpersonalização. Já parou para pensar? Hoje ele libera todos os dados. Eu sou do tempo em que não se comprava pela internet por medo de clonarem o cartão ou invadirem a conta. Hoje, o cliente confia 100%. A única exigência chama-se hiperpersonalização. Tivemos a era de tratar todo mundo como igual, homem, mulher, criança, idoso, tudo no mesmo balaio. Depois, avançamos para a clusterização: segmentação por grupos, homem, mulher, idoso, criança. E hoje entramos na hiperpersonalização. Mas como atingi-la? Primeiramente, que será com a IA. Eu venho de um supermercado aqui no Rio e brincamos com a 'IA' dos donos já são mais idosos, que sabiam o que a 'dona Maria' queria. Mas essa inteligência natural funciona para 10, 15 pessoas; a inteligência artificial escala isso de forma gigantesca. Quando você entende esse jogo, precisa integrar o CRM à sua base de dados, usando IA, por exemplo, em chatbots. Se for o aniversário do Guilherme, o chatbot pode perguntar: 'Guilherme, tudo bem? Parabéns! Vai fazer o quê hoje?". Quando ele responder, o chatbot vai fazer as recomendações já com lista e quantidades, oferecendo entrego em casa até a hora programada, pronto, sem trabalho algum. Isso é só o começo. Podemos evoluir para agentes de IA que são a nova onda. Por exemplo, marcar uma consulta médica hoje não exige interação humana: um agente de IA faz isso sozinho. Por que não levar isso para o varejo supermercadista? Eu não preciso entrar no açougue, um agente de IA separa 1,5 kg de picanha, eu passo para retirar e não fico na fila. Além disso, ele não vai entregar na minha casa, mas, se eu optar, ele destravará o comando para isso e fará com que a compra seja finalizada. Amigos, a provocação é grande. E isso está apenas começando". Guilherme Alvim prosseguiu: "Concordo plenamente, faz total sentido. E o que eu acredito que vale um ponto de atenção em tudo isso é o seguinte: essa questão da hiperpersonalização é muito válida, muito rica e vai ser bastante trabalhada, mas é preciso ter em mente que, do mesmo jeito que no passado considerávamos todo mundo no mesmo balaio, hoje precisamos ter muita cautela para que a hiperpersonalização não evolua de uma forma em que cada pessoa seja tratada tão individualmente que isso gere mais dor de cabeça do que solução. Eu acredito muito na hiperpersonalização, acho que faz total sentido, é um movimento super válido. Na nossa solução, vemos isso funcionando muito bem: conseguimos criar campanhas personalizadas para grupos específicos, como quem gosta de vinho, quem gosta de cerveja, quem gosta de churrasco. Mas vejo com muita cautela a expansão disso para o ponto em que não se trate mais grupos, mas cada indivíduo de forma totalmente isolada. Isso pode gerar retrabalho e complicações futuras. Então, como toda solução, precisa ser utilizada com cuidado. Mas, sem dúvida, esse é um caminho sem volta". Fábio Queiróz ressaltou: "Com cautela e com ética, é muito importante. O tema do Conecta Varejo desse ano, que é uma das propriedades da ASSERJ, é o maior evento de tecnologia de varejo supermercadista das Américas, abordou justamente a ética dentro dessa história. Então, ok, ainda trabalhamos com limites, e o Guilherme está coberto de razão: cada vez mais vamos mergulhar na hiperpersonalização, não tem jeito e não tem volta. Não adianta dizer: 'eu não quero trabalhar com personalização'. Você vai ficar para trás. Se daqui a 5 ou 10 anos, não sei precisar, quem não integrar seu app de compras à IA, seu comercial e plano de compras vai ter dificuldade para sobreviver. Podemos cravar isso já em setembro de 2025. Agora, quais são os limites disso? Há o caso clássico do Wallmart nos Estados Unidos, onde a IA identificou que uma cliente estava grávida. Como? Pelos seus hábitos de compra, que mudaram. Então, querendo fazer uma surpresa e encantar o cliente, algo que todos nós apoiamos, eles não se atentaram a um detalhe: ligaram para a casa dela, quem atendeu foi o marido, e ele não sabia que ela estava grávida. Isso gerou um processo grande. Portanto, o cuidado com a hiperpersonalização tem limites morais, sociais e éticos. Eu não poderia deixar de colocá-la no ar, de colocar no pensamento de todos. As empresas mais éticas, que souberem manusear isso com inteligência, são as que sairão na frente". Tecnologia e informação: conectando experiência, compras e retenção A tecnologia permite impactar o cliente de forma estratégica durante toda a jornada de compra. Recomendações inteligentes e provocações personalizadas ajudam o consumidor a completar sua compra, beneficiando supermercadista e melhorando a experiência. Guilherme Alvim apresentou: "Toda a parte de recomendações de machine learning, de cross-sell e upsell. Aqui, de novo, entramos muito numa forma de hiperpersonalização, onde a própria plataforma entende os hábitos de consumo dos clientes e, em diversas etapas da jornada de compra, ele é impactado por isso. Seja na página inicial, seja durante o carrinho, seja no cartão ou na imagem do produto, ou mesmo na hora de buscar um outro item, a plataforma provoca o cliente: 'você não esqueceu esse item?', 'não gostaria de comprar este produto a mais?', 'este item pode fazer sentido para você com base no seu perfil de compra'. Com isso, geramos provocações inteligentes para que o cliente tenha uma compra mais completa, o que, logicamente, ajuda os varejistas a aumentarem o ticket médio e agregarem mais valor. Ao mesmo tempo, o cliente tem uma experiência de compra mais completa, garantindo que o que ele pediu chegue completo em casa. Resultados concretos mostram um aumento de faturamento de 22% e retenção de clientes de 15%, justamente porque conseguimos recomendar itens esquecidos ou complementares que fazem sentido para cada perfil. E mais um dado interessante: 80% dos compradores têm maior probabilidade de adquirir produtos de marcas que oferecem experiências personalizadas. Mais uma vez, reforçando a fala do Fábio sobre hiperpersonalização e o quanto isso ainda vai escalar nos próximos anos". Fábio Queiróz complementou: "Tem o vídeo, que eu acho que é a grande integração entre a loja física e o online. Tem jeito de fazer isso, porque no final a 'last mile', e aqui entre aspas porque se refere a da jornada de compra dentro da nossa loja, vai ser definida pelo consumidor: se ele quer comprar ali na hora, se ele quer receber depois, e assim por diante. E aqui um ponto importante: o que mais vai vender é informação. Quanto mais informação você der para o cliente, melhor. Claro, você precisa de uma tecnologia que facilite a compra; a jornada de compra precisa ser simples, com usabilidade máxima. Isso tem sido feito bastante, e já vemos tecnologias de varejo concebidas de maneira simples, fácil de usar, justamente para quebrar o mito de que tecnologia é complexa demais ou não é para certas gerações. Hoje, idosos manuseiam tecnologia com facilidade, usam self-checkout, e isso já virou rotina para todos os consumidores. Mas voltando à informação: vai vender mais quem informa mais. A tecnologia é grande aliada nesse processo. Voltando ao exemplo do romã: se eu sei que ele faz bem para imunidade, eu vou comprar, principalmente se estiver precisando naquele momento. Para mim, esse é o ponto: a loja física precisa levar muita informação para o consumidor, além das tecnologias que já discutimos. Essa é uma peça fundamental". Sinergia entre a loja física e digital: garantindo disponibilidade e evitando rupturas Poucas coisas prejudicam mais a experiência do cliente do que produtos indisponíveis. A integração entre estoque físico e digital, com atualizações em tempo real, é essencial para evitar frustrações e manter a confiança do consumidor. Guilherme Alvim frisou: "Isso é algo que impacta muito o varejo e pode, de fato, ser um problema que afeta a experiência do cliente. Por quê? Se eu não tenho o estoque atualizado em relação ao que está acontecendo no e-commerce. Imagina que você coloca 10 itens no carrinho, faz a compra, e na hora que o pedido chega à sua casa só chegam 6. Quatro itens vieram faltando porque não tinham no estoque, mas estavam sendo mostrados no aplicativo. Isso gera uma frustração enorme. Agora, imagine que esse cliente estava preparando um jantar para 10 pessoas e faltaram 6 ingredientes. O jantar simplesmente não acontece. Você não frustrou apenas uma pessoa, mas 10. Isso causa um impacto negativo gigante. Do mesmo jeito que conseguimos usar os dados para gerar impacto positivo, essa falha pode criar uma reação em cadeia negativa, prejudicando a marca. Um ponto importante que trabalhamos muito é garantir que o que é exibido no aplicativo realmente exista em estoque. Por exemplo, em nossa solução, atualizamos os itens disponíveis a cada três segundos, garantindo que o cliente compre apenas o que está realmente disponível. Portanto, é fundamental ter sinergia entre o estoque da loja e o que é mostrado no digital. Esse é um ponto extremamente importante.” Fábio Queiróz ratificou: "Ruptura é 'crime' para o varejista. Tinha que estar no Código Penal dos supermercadistas, com pena se acontecer. Como o Guilherme falou: se você não tem uma estrutura adequada, não faça, porque a frustração do cliente é muito maior do que qualquer benefício que você possa ter. A recomendação é começar com uma estrutura mínima, porém eficiente, e ir se aprimorando à medida que a operação evolui". Curiosidade, treinamento e sensibilização: caminhos para adotar tecnologia no varejo A tecnologia sozinha não transforma o varejo supermercadista. É preciso treinamento, orientação e acompanhamento próximo para que varejistas e equipes aproveitem ao máximo as soluções digitais. Então, como despertar curiosidade, reduzir resistência e criar cultura de inovação nas operações? Guilherme Alvim analisou: "Não vou nem falar de resistência, mas sim da curiosidade que precisamos gerar dentro dos varejistas. É sobre provocar, mostrar oportunidades para trabalhar e melhorar. Quando falamos de treinamentos e soluções, do nosso lado tudo é muito simples e claro. E jamais chegaríamos a implantar uma solução dessas em um supermercado e simplesmente dizer: 'boa sorte, agora vocês seguem sozinhos'. Não. É preciso consultoria, estar junto, orientar passo a passo. Muitos vendedores ainda pensam que a venda acaba no momento do contrato, mas, na verdade, é aí que começa. É nesse momento que você pega o varejista pela mão, mostra o que precisa ser feito, como treinar a equipe, como cada etapa do processo será utilizada por cada pessoa. Haverá diferentes funções, cargos e responsabilidades, e cada um usará nossas soluções diariamente. Claro, não é simples, mas com treinamento, tudo é possível. Depois disso, a resistência diminui e a curiosidade cresce. Os varejistas começam a se perguntar: 'tem alguma função que posso automatizar? Algum processo que pode melhorar minha operação?'. É exatamente andar lado a lado e mostrar que tudo é possível". Fábio Queiróz reforçou: "Frequente as reuniões da ASSERJ, frequente o Conecta Varejo, e agora vamos propor o primeiro evento de tecnologia da ALAS. Vou dar um spoiler: se o conselho aprovar, e o presidente Jânio Cabal, um grande líder, sem palavras para descrevê-lo, apoiar, teremos o evento de tecnologia da ALAS em São Paulo. O projeto está pronto. Primeira orientação: nunca esqueça de sensibilizar e estar aberto à tecnologia. Ela não é tão cara quanto muitos imaginam, e hoje é muito mais simples do que se supõe. Então, primeiro: abra a sua mente. Segundo: procure apoio, porque já existe um ecossistema pronto, com domínio e know-how. O retail media não é só para grandes, é para pequeno e médio também. Para você que é pequeno, solte as amarras e conviva com os grandes, frequente as reuniões da ASSERJ, troque boas práticas. Dessa forma, você vai descobrir tecnologias, hoje baratas ou até gratuitas. Portanto, para o pequeno e o médio, é fundamental integrar a tecnologia à operação, porque ela vai reduzir custos ou aumentar a receita, impactando diretamente a linha final. Isso é ainda mais importante do que para grandes supermercados, que já têm estruturas consolidadas. Tecnologia é uma grande aliada, tanto do pequeno quanto do grande, que todo dia luta para fechar no azul". ASSERJ: inspirando a inovação e a excelência operacional para supermercadistas A ASSERJ é referência nos quesitos abordados durante o webinar. Nesse contexto, o presidente da Associação destacou a importância de estudar, se fazer presentes nos eventos e aplicar os conhecimentos adquiridos gradativamente aos processos comerciais, sempre com foco em resultados, colaboradores e experiência do cliente. Fábio Queiróz encerrou com um recado: "O que discutimos hoje é um tema em que, certamente, a ASSERJ está na vanguarda, no Brasil, nas Américas e no mundo. Não nos limitamos à IA, embora seja muito importante; o tema é a transformação digital como um todo. Eu não sou nativo digital, acabei me apaixonando por isso, fundei o Conecta Varejo pela ASSERJ, que deu origem ao Rio Innovation Week, hoje o maior evento de tecnologia do mundo. O que eu quero dizer é que, apesar dos percalços, a operação do varejo é extremamente dura. Eu me coloco no seu lugar: ainda sou, tenho alma de varejista, mas me afastei da operação. Sei que fluxo de caixa, comprar bem e vender bem são prioridades, mas também sei que você não se arrependerá de investir tempo para inserir tecnologias gradativamente na sua loja. É isso que o consumidor quer, é isso que a sua linha final pede. É também para que seus colaboradores tenham melhor qualidade de vida. Na minha opinião, qualidade de vida não é trabalhar pouco, mas sim trabalhar muito, de maneira correta e produtiva, o que retroalimenta a recompensa pessoal, aumenta a autoconfiança, dentro e fora do trabalho. E você terá tempo de qualidade, não só para sua família, mas dentro do seu próprio trabalho. Trabalhar certo transforma qualquer resultado. O caminho, na teoria e na prática, é sobretudo na troca de experiências. Visite sua loja com olhar diferente, saia de um webinar como esse, dos eventos da ASSERJ, com sede de transformação, pegue a revista Super Negócios da ASSERJ, caminhe pela loja, matéria a matéria, e transforme cada ponto do seu ponto de venda. Que a IA seja integrada ao seu departamento comercial, porque todos somos vendedores: o dono da empresa, o comprador, a atendente. Por exemplo, ontem, fui muito mal atendido com meu filho numa rede de fast food, e isso fez toda a diferença. Saímos e fomos comer em outro lugar. Eles montam toda a estratégia, investem em marketing, e uma única pessoa pode destruir tudo. Olhe para seus colaboradores com essa consciência". "Também convido todos vocês para o Seminário Super Negócios da ASSERJ, no dia 29 de outubro, onde indústrias e supermercadistas se encontrarão para trocar experiências, falar de gerenciamento de categoria, IA e retail media. A integração entre líderes de setor e associações, que fazem o seu papel institucional, é o caminho certo. Essa mensagem final nos enche de esperança, porque seu papel é exatamente o da execução. O caminho não é fácil, mas é muito rico em aprendizado e em impacto na sua linha final. Então estude, mas não deixe de executar". Como mencionado pelo presidente da ASSERJ, ressaltamos que já estão abertas as inscrições para o Seminário Super Negócios de 2025. Confirmado para o dia 29 de outubro, às 14h, no Riale Brisa Barra Hotel, na Barra da Tijuca, o encontro é voltado para compradores e profissionais de marketing e trade, trazendo uma programação cuidadosamente estruturada para impactar diretamente o dia a dia, com conteúdos práticos e aplicáveis à rotina de cada setor. Para mais informações, entre em contato com o SAA.
24/09/2025
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Conecta
Como vencer um dos maiores desafios do e-commerce?
O abandono de carrinho segue sendo um dos maiores desafios enfrentados pelos marketplaces e varejistas digitais, e o setor supermercadista não está imune a esse fenômeno. A desistência do consumidor em concluir a compra impacta diretamente a conversão de vendas e a receita das empresas. Mas, como todo obstáculo, também pode ser visto como uma oportunidade: identificar pontos de melhoria, otimizar processos e fortalecer o relacionamento com o cliente. Ao monitorar o comportamento do consumidor e analisar os dados da jornada de compra, é possível mapear os momentos críticos de desistência e compreender as motivações por trás do abandono. O que é o abandono de carrinho? O abandono de carrinho acontece quando o consumidor seleciona produtos, adiciona-os à cesta e, antes de finalizar a compra, desiste do processo. Esse comportamento pode ocorrer em diferentes momentos da jornada: desde a busca e avaliação dos itens até o preenchimento de dados pessoais, escolha do frete ou, principalmente, no momento do pagamento. Fatores como dúvidas sobre o valor final, etapas excessivas no checkout, preocupações com segurança ou surpresas de custos adicionais podem contribuir para essa desistência. O abandono de carrinho não se limita a uma etapa específica, mas reflete obstáculos ao longo de toda a experiência de compra e sinaliza oportunidades para melhorias nos processos e nas condições oferecidas pelo marketplace. "Resumindo: carrinho abandonado é sinal de ruído no processo. Cada detalhe que adiciona atrito vira motivo para o cliente fechar a aba", explica Thiago Muniz, especialista em vendas, CEO da Receita Previsível e professor da FGV. Alan Ribeiro, diretor de Marketing da Único Pag., acrescenta: "No universo do comércio eletrônico, há um foco quase obsessivo em atrair visitantes. Investe-se pesado em anúncios, redes sociais e otimização de busca. Mas, quando o cliente chega ao momento decisivo da compra, muitos e-commerces falham no básico: oferecer uma experiência de pagamento simples, fluida e confiável. O resultado são carrinhos abandonados, vendas perdidas e clientes que dificilmente voltam". Quais são as principais causas? As razões para o abandono de carrinho são variadas e envolvem tanto questões financeiras quanto de experiência digital. Custos inesperados, como frete elevado ou taxas só exibidas no final da compra, estão entre os principais motivos. Processos de checkout complexos, com excesso de etapas ou formulários longos, também afastam consumidores. Outros fatores incluem a obrigatoriedade de cadastro antes da compra, opções de pagamento limitadas, falta de confiança, seja por layout pouco profissional, informações pouco claras ou ausência de garantias de segurança, e desempenho do site, como carregamento lento ou erros de navegação. "O checkout é um dos principais culpados. A percepção de marca não é formada apenas no banner inicial ou na vitrine digital; ela é consolidada na hora do pagamento. Formulários longos, redirecionamentos confusos e opções limitadas de pagamento transmitem insegurança e quebram o ritmo da compra. O consumidor digital de hoje é impaciente. Ele está acostumado à agilidade de plataformas líderes de mercado e espera que qualquer loja ofereça a mesma rapidez e clareza. O avanço de métodos instantâneos, como o Pix, elevou ainda mais essa expectativa. Não se trata apenas de aceitar novas formas de pagamento, mas de integrá-las de forma inteligente, sem fricções e adaptadas ao perfil de quem compra", comenta Alan Ribeiro. Como mapear as causas do abandono de carrinho Identificar os motivos do abandono é fundamental para otimizar a experiência e remover obstáculos que impedem a conclusão da compra. Isso começa com a análise detalhada do comportamento do consumidor, utilizando ferramentas de monitoramento inteligente que registram cada etapa da jornada de compra, desde a navegação até a tentativa de pagamento. Coletar dados sobre pontos de desistência frequentes, como cadastro obrigatório, custos inesperados ou etapas demoradas no checkout, e cruzar essas informações com pesquisas de satisfação e feedbacks dos clientes ajuda a revelar motivos ocultos e oportunidades de melhoria. Números do abandono: o cenário brasileiro Segundo levantamento da OneKey Payments, mais de 80% das transações iniciadas no e-commerce brasileiro não chegam à finalização. Os motivos mais comuns são a desistência diante de formulários longos e complexos (62,6%), a exigência de autenticação em outro dispositivo (92,8%) e problemas de carregamento das páginas (93,7%). O relatório E-Commerce Update confirma essa realidade: no Brasil, a taxa de abandono chega a 82%. Entre os principais motivos estão os custos extras inesperados, como frete e taxas (48%), os prazos de entrega longos ou incertos (36,5%) e a obrigatoriedade de criar conta para concluir a compra (24%). Outro ponto de atenção é a experiência mobile. De acordo com análise da Get Commerce, a taxa de abandono varia conforme o dispositivo: 80% nos tablets, 75% nos smartphones e 65% nos desktops. O retrato do consumidor: pesquisa Opinion Box 2025 Um estudo da Opinion Box, realizado em 2025, trouxe detalhes sobre a frequência do abandono de carrinho, as principais causas desse comportamento e a percepção dos consumidores em relação à experiência digital. Quando perguntados sobre a frequência com que desistem de concluir uma compra, 80% dos entrevistados afirmaram já ter abandonado um carrinho na etapa final. Dentro desse grupo, 14% disseram que isso acontece com frequência, 64% apenas às vezes, enquanto 22% garantem sempre finalizar a compra. As razões para o abandono são diversas, mas algumas se destacam. A principal delas é o frete mais caro que o esperado, apontado por 60% dos consumidores. Em seguida, 36% mencionaram a cobrança de taxas inesperadas e outros 36% afirmaram ter encontrado preços mais baixos em sites concorrentes. Problemas relacionados a promoções também aparecem na lista: 29% relataram ter desistido após um cupom de desconto não funcionar. Questões ligadas à logística também pesam: 25% apontaram o prazo de entrega maior que o previsto. Há ainda preocupações com a segurança do pagamento (21%), desistência espontânea do desejo de compra (16%), falta do meio de pagamento desejado (14%) e políticas de troca e devolução pouco claras (13%). Outros fatores incluem a obrigatoriedade de cadastro (8%), lentidão da página (8%), informações pouco claras (7%) e, em menor escala, excesso de campos na etapa de pagamento (1%). A pesquisa também avaliou a experiência do usuário e como ela influencia no abandono. O resultado é contundente: 88% dos consumidores afirmam desistir imediatamente se o site não parecer confiável, enquanto 72% abandonam a compra diante de uma navegação ruim. A etapa de pagamento também é crucial: 62% acreditam que quanto mais rápida ela for, maior a chance de concluir a compra. A velocidade do carregamento da página também pesa, já que 60% disseram procurar outra opção quando o site demora a abrir. Metade dos consumidores declarou que, ao desistir na etapa final, dificilmente retorna para comprar novamente. Além disso, 21% se incomodam em receber anúncios dos produtos que abandonaram, enquanto 39% admitem que costumam comprar por impulso quando estão online. Outro ponto investigado foi o comportamento após o abandono. A maioria já retornou em algum momento: 80% afirmaram ter comprado todos os itens de um carrinho deixado para trás, e 61% disseram já ter recebido e-mails oferecendo desconto após desistirem de uma compra. Quando a estratégia de retargeting entra em cena, a resposta varia: 28% consideram nada provável retornar diante de anúncios, 13% pouco provável, 37% se dizem neutros, 15% acreditam ser provável e apenas 7% muito provável. Já os e-mails de desconto têm impacto maior: 42% dos consumidores consideram provável voltar a comprar quando recebem essa oferta, 26% se mantêm neutros, 22% classificam como pouco provável e 8% como muito provável. O que faz o consumidor escolher um site? A decisão de onde comprar online vai muito além do preço. De acordo com o levantamento da Opinion Box, a confiança é o fator mais determinante: 57% dos consumidores escolhem um site por acreditarem que ele é seguro. Em seguida, os preços mais baixos aparecem como atrativo para 48% dos entrevistados, enquanto 47% afirmam ser conquistados por promoções e ofertas. A experiência acumulada também pesa: 23% preferem comprar novamente em sites nos quais já tiveram boas experiências, e outros 23% valorizam a facilidade de navegação e a organização na hora de encontrar os produtos. As formas de pagamento disponíveis são decisivas para 21% dos consumidores, e 19% destacam a praticidade de encontrar tudo em um só lugar. Embora menos relevantes, outros fatores também influenciam: 9% se deixam levar pela indicação de amigos ou familiares, 3% dão preferência para sites que carregam mais rapidamente e 2% apontam motivos variados para a escolha. Em resumo, a jornada de compra online é guiada pela combinação de credibilidade, preço, conveniência e experiência digital, um conjunto que pode determinar não apenas a escolha de um site, mas também a fidelização do consumidor. Omnichannel: a jornada que migra do digital ao físico Outro dado relevante: 60% dos consumidores já abandonaram um carrinho online para comprar o mesmo produto em uma loja física. Esse comportamento reforça a importância da integração entre canais, o verdadeiro omnichannel. "A loja física pode virar extensão estratégica do digital. O abandono online não significa perda, mas oportunidade de conversão no ponto de venda. O processo envolve integração de dados – capturar o histórico de abandono e cruzar com geolocalização e preferências do cliente; ativação hipersegmentada – enviar ofertas personalizadas que direcionem para a loja mais próxima; e experiência presencial conectada – treinar equipes de loja para reconhecer esses clientes e oferecer suporte imediato ou benefícios exclusivos para concluir a compra. Um omnichannel bem desenhado transforma o carrinho abandonado em conversão presencial, unindo conveniência digital e confiança física", expõe Thiago Muniz. Como mitigar o abandono de carrinho e insights para supermercadistas Mitigar o abandono de carrinho exige uma abordagem estratégica baseada em análise de dados e profundo entendimento do comportamento do consumidor, tanto no ambiente digital quanto na loja física. Monitorar o percurso do cliente e identificar os principais pontos de desistência permite antecipar objeções e criar soluções mais assertivas. No e-commerce, algumas práticas se destacam: oferecer checkout simplificado, permitindo compra como convidado e evitando formulários longos; garantir transparência de custos, mostrando frete, taxas e prazo desde a página do produto; disponibilizar pagamentos flexíveis, como PIX, carteiras digitais e parcelamento; assegurar velocidade e estabilidade do site com infraestrutura robusta; e adotar estratégias de recuperação de carrinho, como e-mails, push ou SMS, retargeting calibrado e testes A/B constantes. "Melhorar processos para reduzir o abandono de carrinho passa por três frentes: mapear pontos de atrito – acompanhando métricas como taxa de abandono por etapa, tempo médio no checkout e cliques necessários até a compra; redesenhar o fluxo de checkout – simplificar telas, cortar etapas redundantes e integrar métodos de pagamento nativos (PIX, carteiras digitais); e automatizar a recuperação – criar processos de follow-up automáticos (e-mail, WhatsApp, push) com gatilhos baseados em tempo e valor de carrinho. Quando o processo é transparente, rápido e confiável, a taxa de abandono cai naturalmente", sugere Thiago Muniz. "Na prática, o checkout é um vendedor oculto. Ele pode fechar a venda de forma suave e convincente ou espantar o cliente com uma má experiência. Pequenas mudanças como reduzir o número de cliques, evitar redirecionamentos, otimizar campos de preenchimento e exibir claramente as opções de pagamento podem gerar aumentos significativos na taxa de conversão, sem que seja necessário gastar mais em aquisição de tráfego. O e-commerce brasileiro está entrando em uma fase em que margens apertadas e custos de mídia crescentes exigem eficiência em todas as etapas do funil. Ignorar o checkout como parte estratégica da venda é desperdiçar um dos pontos mais poderosos de persuasão que o lojista tem à disposição", completa Alan Ribeiro. Thiago Muniz conclui: "Reconquistar clientes que abandonaram o carrinho exige uma estratégia em duas camadas: recuperação imediata, automatizando alertas rápidos e oferecendo incentivos inteligentes, e confiança e relacionamento, personalizando a comunicação e mantendo o produto em evidência com conteúdos e provas sociais que reduzam dúvidas". No ambiente físico, ações como self-checkouts assistidos, caixas rápidos, reposição eficiente de estoque, sinalização clara e integração com o digital, permitindo resgate de carrinho online via CPF ou QR Code, são fundamentais. Programas de fidelidade com cashback, pontos extras ou recompensas também estimulam a retenção do cliente. Para otimizar a jornada digital: Análise de dados: utilizar ferramentas de analytics para monitorar o funil de compra e identificar pontos críticos de abandono; Personalização de ofertas: basear-se no histórico de navegação e preferências do usuário para criar ofertas personalizadas e ajustar preços dinamicamente; Facilitação do cadastro: permitir a compra como visitante e simplificar o processo de cadastro; Diversificação de pagamentos: oferecer várias opções para atender às diferentes expectativas dos consumidores; Otimização do site: garantir que a plataforma seja rápida, responsiva e fácil de navegar em diferentes dispositivos. Mesmo após o abandono, é possível reengajar o consumidor utilizando: estratégias de remarketing, e-mails automatizados com desconto, acompanhamento multicanal (SMS, push, redes sociais) e testes A/B. A coleta contínua de feedback e a revisão dos motivos de desistência permitem implementar melhorias rápidas e relevantes, transformando desistências em vendas concretas. O abandono de carrinho é consequência direta de custos inesperados, problemas de usabilidade, falta de confiança e prazos pouco competitivos. No Brasil, com taxas que ultrapassam 80%, o desafio é ainda maior para supermercados, que operam com margens estreitas e consumidores sensíveis a preço, conveniência e prazo. Reduzir o abandono exige uma estratégia completa e integrada: digital fluido e transparente, integração físico-digital real, pagamentos adaptados ao hábito brasileiro e ações de reengajamento personalizadas. Mais do que evitar perdas, enfrentar o abandono significa construir confiança, oferecer conveniência e fidelizar consumidores, fortalecendo a competitividade no varejo supermercadista. Os números deixam claro, o abandono de carrinho é um desafio complexo, que envolve experiência digital, confiança, preço e integração entre online e físico. Mais do que um obstáculo, ele pode ser visto como um termômetro estratégico para identificar falhas e oportunidades de melhoria. No varejo supermercadista, enfrentar esse "vilão do e-commerce" significa investir em tecnologia, processos ágeis e comunicação transparente, transformando desistências em vendas duradouras.
24/09/2025
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Martelo batido! Fusão de gigantes é oficialmente concluída na B3
O martelo da B3 foi batido e a primeira martelada oficializou uma das maiores movimentações do ano entre empresas de alimentos. Com início das operações na Bolsa de Valores de São Paulo, na última terça-feira, 23 de setembro, foi concluída a fusão entre Marfrig e BRF, marcando o nascimento da MBRF (as ações da nova companhia são negociadas sob o ticker MBRF3), a 7ª maior empresa do Brasil, com mais de R$ 160 bilhões em faturamento. O movimento encorpa ainda mais a presença brasileira no mercado global de alimentos, além de representar um marco no mercado de capitais do país. Nova estrutura organizacional Com a nova disposição, a MBRF adotou uma estrutura organizacional simplificada, focando em agilidade e eficiência, com o objetivo de acelerar ganhos de sinergia, otimizar processos e maximizar resultados. Miguel Gularte assumiu como CEO, reportando-se diretamente ao Chairman Marcos Molina, fundador da Marfrig e controlador da companhia. A grande missão inicial da nova administração é conduzir a integração das operações, fortalecendo a cultura organizacional e impulsionando o da empresa. Marcos Molina destaca o novo cenário do setor alimentício brasileiro: "Este é um marco histórico para nosso segmento e eu tenho um orgulho enorme da empresa que estamos construindo. A MBRF agrega um amplo conhecimento do mercado, eficiência operacional, marcas icônicas, respeito ao meio ambiente e uma base de clientes robusta. Estamos preparados para acelerar a nossa jornada de crescimento sustentável, gerando valor para clientes e acionistas, e correspondendo ao legado de confiança do mercado". "A MBRF nasce com o compromisso de unir o que cada companhia tem de melhor para construir uma empresa ainda mais simples, ágil e eficiente. Para isso, contamos com um time de lideranças experiente e com a força e o comprometimento dos nossos 130 mil colaboradores ao redor do mundo", frisa Miguel Gularte. O Comitê Executivo da MBRF contará com oito vice-presidências: José Ignácio Scoseria Rey – Finanças, Relações com Investidores, Gestão e Tecnologia; Fábio Mariano – Mercado Halal; Manoel Martins – Mercado Brasil e Marketing; Leonardo Dall’Orto – Mercado Internacional e Supply Chain, incluindo operações no Chile; Alisson Navarro – Bovinos, além dos negócios no Uruguai e Argentina; Heraldo Geres – Jurídico, Tributário, Assuntos Corporativos e Gente; Artemio Listoni – Operações Industriais e Logística; Fabio Stumpf – Agro e Qualidade. "Um dia histórico! Agradeço a todos aqueles que contribuíram para a criação da MBRF. Apesar dos desafios, fomos e somos vitoriosos. Somos a 7 maior empresa do país com 130.000 colaboradores, presença em 117 países e R$ 160 bilhões de receita", reforça Heraldo Geres. A gigante MBRF agora reúne marcas reconhecidas e tradicionais como Sadia, Perdigão, Qualy, Bassi e Banvit. A plataforma multiproteínas da empresa fortalece a competitividade, amplia opções para clientes e aumenta a capacidade de inovação para atender às necessidades dos consumidores.
24/09/2025
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Seara apresenta a primeira linha de refeições proteicas congeladas do Brasil
A Seara acaba de lançar a Seara PROTEIN, primeira linha de refeições proteicas congeladas do país. A novidade chega às gôndolas ainda neste mês de setembro, em sintonia com a crescente demanda mundial por alimentos ricos em proteína e alinhados a rotinas de bem-estar. O portfólio inicial traz três opções de refeições, cada uma com mais de 30 gramas de proteína, menos de 340 calorias e adição de colágeno da Genu-In, empresa da JBS Novos Negócios. “Estamos inaugurando uma nova categoria de refeições proteicas no Brasil. Esse é um movimento que conecta a Seara ao que há de mais avançado nos mercados globais e atende a uma demanda crescente por alimentação funcional e prática”, afirma Rafael Palmer, diretor de Marketing de Alimentos Preparados da Seara. Segundo ele, a novidade reforça a vocação inovadora da marca. “É um lançamento que consolida nossa liderança em inovação e amplia o papel estratégico da proteína no dia a dia dos consumidores”, acrescenta. Palmer destaca ainda a mudança de comportamento do público. “O consumidor está buscando alternativas para ter uma alimentação funcional no dia a dia, e a Seara PROTEIN foi pensada para esse novo perfil: quem quer se alimentar bem, com segurança nutricional, sem perder tempo na cozinha”, explica. “É o tipo de produto que amplia o mercado e cria novas ocasiões de consumo, reforçando o papel da proteína como parte fundamental de uma dieta balanceada”, completa. Tendência – Uma pesquisa da Food Consulting, encomendada pela BRF, mostra que os brasileiros vêm priorizando alimentos práticos (31%), econômicos (27%), saudáveis (24%) e prontos para consumo (11,9%). O estudo também revela que uma em cada três pessoas já consome pratos congelados pelo menos uma vez por semana. Quando o foco é a marmita, 48% dos entrevistados afirmam consumir entre 3 e 10 vezes por mês, enquanto 30% ultrapassam 11 refeições mensais. De olho nesse comportamento, a Perdigão ampliou a linha Meu Menu, oferecendo novas opções de refeições congeladas para quem busca praticidade, sabor caseiro e equilíbrio na alimentação. A campanha “Perdigão Meu Menu. Sabor de feito em casa” apresenta a nova identidade da linha, com embalagens atualizadas, logo renovado e um portfólio ampliado — que agora vai além das massas e inclui novos pratos congelados.
24/09/2025
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AB InBev e Netflix fecham parceria global que pode turbinar vendas e promoções no varejo supermercadista
A AB InBev anunciou uma parceria global com a Netflix que promete gerar novas oportunidades de negócios para o varejo supermercadista. O acordo une o portfólio de marcas de cerveja da companhia a séries, filmes e eventos ao vivo do serviço de streaming, criando um calendário robusto de ativações que pode impulsionar vendas e ações promocionais em diferentes canais de distribuição. “Streaming é um momento social, e nada combina mais com isso do que uma cerveja gelada”, destaca Marcel Marcondes, global chief marketing officer da AB InBev. “Essa parceria é uma oportunidade para nossas marcas criarem conexões ainda mais profundas com os consumidores e multiplicarem os momentos de celebração enquanto assistem ao conteúdo que molda a cultura.” Oportunidades para o varejo supermercadista Para os supermercadistas, a aliança entre as duas gigantes cria um ambiente fértil para campanhas de co-marketing e ativações no ponto de venda. A AB InBev planeja lançar edições limitadas de embalagens, promoções digitais e integrações em conteúdos da Netflix, como as produções The Gentleman, Brasil 70 – A Saga do Tri e Culinary Class Wars. Essas ações tendem a ampliar o fluxo de consumidores nas lojas e estimular compras por impulso. Eventos de grande audiência também fazem parte da estratégia. A Cerveza Victoria, por exemplo, já foi patrocinadora oficial da luta entre Canelo e Crawford no México, e em 2025 a AB InBev participará da transmissão ao vivo do NFL Christmas Game Day na Netflix. A parceria prevê ainda campanhas conjuntas ligadas a competições de repercussão mundial, como a Copa do Mundo Feminina de 2027, que podem ser exploradas em datas temáticas, promoções de cross-merchandising e ações em gôndola. Segundo Marian Lee, chief marketing officer da Netflix, “a popularidade dos nossos títulos nos permite entrar nas conversas culturais como poucas empresas conseguem, e uma grande parceria pode tornar isso ainda mais relevante. Estamos muito animados para criar campanhas com a AB InBev — tão únicas, divertidas e criativas quanto os filmes e séries que apoiam.” Para o varejo supermercadista, essa sinergia entre entretenimento e consumo abre espaço para ativações personalizadas, reforçando a categoria de bebidas premium e gerando experiências que podem fidelizar o cliente e aumentar o ticket médio. Prezunic, indústria e… streaming - Quem passa pela loja do Prezunic Marapendi, na Barra da Tijuca, certamente é impactado com a nova fachada. Em uma ação inovadora de retail media a seis mãos (varejo, indústria e streaming), a rede se uniu a duas gigantes, cada qual do seu segmento, para a realização da campanha “Seara Netflix”. Três grandes marcas juntas para oferecer novas experiências aos consumidores. Mais do que uma campanha promocional, a iniciativa promove uma jornada de compra completa, com integração entre o físico, digital e e-commerce. LEIA MAIS AQUI!
24/09/2025
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Como crescer e proteger margens em um cenário cada vez mais concorrido? ASSERJ lista práticas essenciais
O ambiente supermercadista está cada dia mais concorrido. Margens apertadas, consumidores mais exigentes e custos crescentes, exigem do varejista estratégia e inovações para manter a competitividade, a relevância e a rentabilidade em um setor onde operações gerenciadas com competência em proporcionar uma experiência de alto quilate ao cliente são as chaves para bons resultados. Nesse ecossistema, como aponta Júlio Alves, CMO do Carrefour Varejo & Sam's Club, práticas específicas se apresentam como pilares fundamentais do sucesso. Precificação inteligente: se apoie em dados A adoção de modelos de precificação dinâmicos vem ganhando força na busca para equilibrar margens e volumes de venda. Essa estratégia se baseia na análise da elasticidade da demanda, levando em conta como o consumidor reage às variações de preço em diferentes categorias e o histórico de compras. "A metodologia de pricing dinâmico baseia-se na análise contínua de três variáveis fundamentais: elasticidade-preço da demanda, que mede como mudanças de preço afetam volume de vendas; elasticidade-cruzada, que analisa como preços de produtos relacionados influenciam demanda; e elasticidade-renda, que considera impacto de mudanças no poder de compra dos consumidores", explica Júlio Alves. A eficiência dessa estratégia depende diretamente da categoria analisada, por isso, é preciso usar de forma inteligente sistemas de business intelligence (BI) e monitoramento em tempo real, garantindo agilidade e reações rápidas. O CMO do Carrefour Varejo pontua: "A implementação prática do pricing dinâmico requer sistemas integrados que monitorem concorrência, níveis de estoque e padrões de demanda continuamente. Ferramentas de BI permitem ajustes automáticos de preços baseados em regras pré-estabelecidas". Mix de produtos: a margem de contribuição é o guia Outra frente estratégica é a revisão do portfólio de acordo com a margem de contribuição de cada SKU, focando em itens que performem financeiramente melhor, analisa Júlio Alves: "A metodologia de análise ABC por margem de contribuição classifica produtos em três categorias. A (alta margem, alta rotatividade), B (margem média, rotatividade moderada) e C (baixa margem ou baixa rotatividade). Esta classificação orienta decisões de espaço em loja, investimento em marketing e políticas de desconto". Alves indica que os três grupos devem ser distribuídos por relevância apontada: A: produtos de maior margem e giro elevado, que representam cerca de 20% do mix, mas respondem por até 60% da margem; B: itens de margem intermediária, que podem ganhar força por meio de ações como vendas casadas com produtos da categoria A; C: produtos de baixa margem ou baixa rotatividade, que devem ser avaliados para reposicionamento ou descontinuidade. Ferramentas de ERP têm relevância ímpar nesse momento, ajudando a calcular custos de forma completa, considerando todas as variáveis possíveis, corroborando decisões assertivas sobre o que priorizar. Estoques sob controle: sinônimo de liberação de capital A gestão de estoque é um pilar da saúde financeira do setor. Manter o capital de giro equilibrado exige atenção à entrada e saída de produtos, à sazonalidade e ao tempo de reposição. O CMO do Carrefour Varejo salienta: "A otimização de níveis de estoque representa uma das alavancas mais importantes para manutenção de margens em períodos de crise. Com o custo do crédito projetado para chegar a quase 48% ao ano até o final de 2025, a redução de capital imobilizado em estoque torna-se fundamental para sustentabilidade financeira". Produtos de alto giro demandam acordos de reposição mais umbilicais com fornecedores, o que pode reduzir estoques sem comprometer disponibilidade. Itens de giro médio precisam de previsões baseadas em dados externos. E os de baixa rotatividade exigem liquidações planejadas e estoques mínimos. "A metodologia de gestão de estoque baseada em giro considera três fatores críticos. Velocidade de rotação histórica, sazonalidade de demanda e lead time de reposição. Esta abordagem permite manter níveis ótimos de disponibilidade com investimento mínimo em capital de giro", esclarece Júlio Alves. Tecnologias precisas, como RFID, são ferramentas valiosas nesse quesito, rastreando produtos de forma eficaz, reduzindo perdas e rupturas, agilizando processos, garantindo mais produtos nas gôndolas e melhorando também a experiência do consumidor, como, por exemplo, com pagamentos mais rápidos. Fornecedores: parceiros estratégicos A negociação inteligente com a indústria pode ser determinante para ampliar margens. Além do preço, é fundamental que estejam na pauta condições de pagamento, suporte promocional e desenvolvimento conjunto de produtos. "A renegociação de condições comerciais com fornecedores representa uma oportunidade significativa para melhoria de margens sem impacto direto no preço ao consumidor. Esta tática requer abordagem estruturada que considere poder de barganha, relacionamentos estratégicos e oportunidades de colaboração. A análise de poder de barganha deve considerar volume de compras, importância estratégica do varejista para o fornecedor, disponibilidade de fornecedores alternativos e exclusividade de produtos", destaca o CMO do Carrefour Varejo. Produtos de marca própria têm um destaque especial neste ponto, com margens de 20% a 40% maiores que marcas tradicionais e com alto poder de fortalecer a fidelização dos clientes. Automação é eficiência A redução de custos estruturais com a automação de processos gera maiores possibilidades para atividades estratégicas. Ou seja, eficiência operacional é diferencial competitivo. Processos automatizados, da precificação à gestão de categorias, permitem cortar custos, reduzir erros e dar liberdade para equipes desenvolverem projetos mais rentáveis. Sistemas integrados de BI consolidam informações de vendas, estoque e margem em dashboards automáticos, oferecendo visão completa para decisões rápidas. Júlio Alves frisa: "A implementação de sistemas de gestão de categoria automatizados permite análise contínua de performance de produtos, identificação de oportunidades de otimização de mix e geração automática de relatórios gerenciais. Esta automação reduz tempo de análise e melhora qualidade de decisões. Ferramentas de precificação automática baseadas em regras de negócio pré-definidas permitem ajustes rápidos de preços em resposta a mudanças de mercado. Esta capacidade de resposta rápida é fundamental em mercados voláteis como o atual". Acompanhe de perto todo o processo O sucesso dessas práticas depende de uma implementação estruturada. É preciso iniciar por um diagnóstico detalhado da operação, seguido da definição de prioridades e de um cronograma claro de ações. O acompanhamento contínuo, com métricas bem traçadas, como margem bruta, giro de estoque e satisfação do cliente, garante resultados sustentáveis ao negócio. Pesquisas e monitoramento de reclamações complementam essa estratégia, aliando eficiência ao não comprometimento da experiência de compra. Essas práticas, quando bem aplicadas em conjunto, criam uma base sólida para o varejo supermercadista se manter competitivo, preservando a saúde financeira da organização e a confiança do consumidor.
23/09/2025
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Supermercados com crescimento de dois dígitos até novembro! Vem entender!
O mais recente levantamento do Índice Antecedente de Vendas (IAV-IDV) sinaliza um trimestre positivo para o varejo supermercadista. Para o segmento de hiper e supermercados, a previsão é de alta nominal de 12,3% em setembro, 14,4% em outubro e 13% em novembro, sempre na comparação anual. Em agosto, o setor já havia registrado crescimento de 0,8% frente ao mesmo mês de 2024. Contexto do varejo No varejo total, o IAV-IDV aponta expansão nominal de 7,8% em setembro, 8% em outubro e 7,3% em novembro. Ajustados pela inflação (IPCA), os números projetam avanço de 2,5%, 3% e 2,4%, respectivamente. Segundo Jorge Gonçalves Filho, presidente do IDV, “o resultado de agosto foi impactado pela queda de 0,3% na intenção de consumo das famílias, influenciada pelo crédito mais caro e pelo cenário de incertezas econômicas. A taxa média de juros ao consumidor segue 3,6 pontos percentuais acima do patamar de julho de 2024, o que tende a moderar a propensão ao consumo”. O que isso significa para supermercadistas Apesar da inflação projetada em 4,83% — acima da meta de 3% do CMN —, a expectativa é que a cesta de alimentos continue com desempenho acima da média do varejo, sustentando as vendas em hiper e supermercados. O índice do IDV é formado por empresas que representam cerca de 20% do varejo brasileiro e coleta mensalmente as projeções de faturamento de seus associados para os três meses seguintes.
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