
Fábio Queiróz, ao vivo, na CNBC falando sobre o futuro do varejo nas Américas

O presidente da ASSERJ, Fábio Queiróz, agora também presidente da Associação de Supermercados das Américas (ALAS) (SAIBA MAIS CLICANDO AQUI), concedeu nesta quinta-feira, 9 de outubro, uma entrevista ao programa Fast Money, da rede CNBC (Times Brasil) sobre o futuro do varejo supermercadista fluminense, brasileiro e das Américas.
"Há mais de 30 anos um brasileiro não era eleito presidente da ALAS. Em nossas andanças, temos visto o protagonismo dos supermercados brasileiros em relação a todo o mundo. Não devemos nada a ninguém. Acho que isso também refletiu na escolha da minha liderança. O mais importante é que continuemos abastecendo a população, trocando as melhores práticas e desenvolvendo o setor melhorando a experiência do consumidor. Estamos em um momento de transição muito importante, com muita tecnologia entrando nas lojas. Tenho certeza que o varejo supermercadista brasileiro é exemplo e está preparado para liderar o setor em toda a América", destacou Fábio Queiróz.
Questionado sobre os diferenciais do varejo supermercadista brasileiro em comparação com outras nações, o presidente da ASSERJ e da ALAS enfatizou: "Comprar e vender é a especialidade dos supermercados, não tem jeito. Mas o que tenho visto é a experiência do consumidor com a entrada da tecnologia. Já vemos os carrinhos inteligentes, pagamentos por aplicativos... será o fim das filas nos supermercados para pagar, estamos caminhando a passos largos para isso. Outro tema muito importante é a gestão. Não adianta comprar bem, vender bem e não gerir bem. Temos tido muitas conversas com todos os países das Américas sobre isso. O Brasil está muito bem e é uma grande referência".
Ao ser indagado sobre os pilares de sua gestão para o avanço da ALAS, Fábio Queiróz ressaltou: "Supermercados têm uma operação muito dura. Às seis da manhã chega o leite, às 11 da manhã a burrata tem que estar pronta e às três da tarde ela não vale mais nada. Fazemos isso com mais de 65 mil itens. Com essa operação dura, nos sobra pouco tempo para gestão e tecnologia. É isso que as entidades precisam focar. Precisamos entregar aos supermercados mais técnicas de gestão, trocar melhores práticas e acompanhar a entrada gradativa da tecnologia, porque o varejo não abraça a tecnologia toda de uma vez, justamente por essa operação dura que temos. Nosso papel é ensinar, acompanhar e trocar melhores práticas para gestão e tecnologia".
Outro tema abordado com carinho durante a entrevista foi a expansão da iniciativa da Escola ASSERJ, agora nomeada Escola ASSERJ-ALAS: "Mão de obra é um problema mundial. Todos reclamam de mão de obra. Quando trazemos para o varejo abastecedor, nos deparamos com as profissões dos 'eiros', que são os padeiros, açougueiros, confeiteiros e por aí vai. E a Escola ASSERJ é muito focada nisso. E, agora, estendemos para todas as Américas. Então, quem é ou quer se tornar um profissional do setor de supermercados, pode, de qualquer lugar, estudar na Escola ASSERJ-ALAS. Essa é a grande novidade, investindo tudo no pilar educação. Temos certeza absoluta de que o desenvolvimento do setor passa, inevitavelmente, por educação".
Já sobre a expansão do alcance da ALAS, Fábio Queiróz manifestou o desejo de conquistar a adesão de novos países à Associação: "Hoje temos 16 países e mais os países do Caribe. Mas temos nações importantes que não estão conosco. E um dos itens do nosso planejamento estratégico é ter novos associados. Por exemplo, o Canadá. Precisamos trazê-lo para o jogo. Países que não tenham uma associação nacional formada, também pretendemos ajudar na constituição dessas associações e que, consequentemente, elas também estejam associadas à ALAS".
Por fim, o presidente da ASSERJ e da ALAS foi questionado sobre o futuro do varejo supermercadista com o avanço da tecnologia: "Hoje lidamos muito com o que chamamos de hiperpersonalização. Por exemplo, eu sou apreciador de cerveja, não de vinhos. Então não adianta eu ser impacto com uma promoção de vinho. Através de inteligência artificial, em até 10 compras, nós monitoramos todo o comportamento de consumo e tratamos o consumidor personalizadamente, como um indivíduo e não mais por características comuns. Quando os aplicativos de supermercado coletam dados, eles são processados com inteligência artificial para que as pessoas sejam impactadas com os seus hábitos de consumo, com o que está na zona de interesse delas. E isso tem dado muito certo, não à toa, no Brasil, o setor de supermercados vem crescendo ano a ano, mês a mês”.
Confira a entrevista na íntegra:[embed]https://www.youtube.com/watch?v=JOifvmS1jAs&feature=youtu.be[/embed]
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