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Inteligência artificial, hiperpersonalização e experiência do consumidor: os debates do segundo dia da NRF Europe
O segundo dia da NRF Europe, realizada em Paris, destacou, na última terça-feira, 17 de setembro, como a inteligência artificial, a hiperpersonalização e a integração entre físico e digital estão remodelando o varejo global. Executivos de diferentes setores apresentaram cases de inovação, estratégias de engajamento do cliente e evolução das operações, reforçando a importância de dados, tecnologia e experiência humana no futuro do setor. Inteligência artificial aplicada ao varejo e operações O papel transformador da inteligência artificial foi um dos principais temas do dia, apresentando como a IA está remodelando operações, supply chain e atendimento ao cliente. Olaf Maecker, vice-presidente de Inteligência Artificial e Automação da Metro, destacou que a tecnologia deixou de ser apenas um tema de hype para se tornar um divisor de águas, impactando eficiência operacional e experiência do consumidor. Ele ressaltou que a IA não tem o objetivo de substituir colaboradores, mas otimizar processos e permitir que equipes atendam melhor os clientes com agentes digitais e automação. Ran Hu, diretora de IA para Varejo e Bens de Consumo da NVIDIA, explicou como a empresa oferece não apenas hardware, mas plataformas e bibliotecas especializadas que permitem aos varejistas aplicar IA de forma prática, desde visão computacional para self-checkout até otimização de armazéns e entregas. Jean-Christophe Morisseau, head de Enterprise IT Solutions da Lenovo, reforçou que a missão de sua companhia é reduzir a complexidade da adoção de IA, garantindo escalabilidade, consistência e viabilidade financeira. Segundo ele, programas como o AI Innovator compartilham melhores práticas globais, incluindo aplicações no varejo. Para Mark Irvin, diretor de Supply Chain na Best Buy, a cadeia deve funcionar como suporte à experiência em loja. A busca deve ser pelo equilíbrio, para que as unidades físicas não sejam sobrecarregadas como centros de distribuição, garantindo que vendedores e técnicos possam focar no atendimento e na consultoria ao consumidor. Irvin também frisou a importância da humildade diante do conhecimento em todo o processo, adotando constantemente a postura de aprendiz e futurista, com um questionamento constante: com quem aprender e de quem se aproximar. Todos destacaram que a próxima fronteira será a "IA física", com robôs desempenhando tarefas complexas em centros de distribuição e lojas, mas sempre em colaboração com humanos. A expectativa é que, até 2030, consumidores interajam com avatares e agentes virtuais, enquanto colaboradores utilizem copilotos de IA para oferecer serviços mais rápidos e personalizados. Para que a tecnologia entregue valor real, os especialistas reforçaram três fatores: qualidade dos dados, contexto correto e adoção cultural nas equipes. Hiperpersonalização e experiências únicas no e-commerce Outro tema central foi a hiperpersonalização (tema abordado também no Rio Innovation Week deste ano. CLIQUE AQUI PARA CONFERIR), definida como a evolução da personalização tradicional, capaz de tratar cada cliente de forma única e ajustar ofertas, conteúdos e serviços em tempo real. Foram apresentados dados que demonstram impactos relevantes da estratégia, impulsionada pela IA: campanhas hiperpersonalizadas podem aumentar taxas de conversão em até 60%, elevar a receita média por cliente em 10% a 15% e gerar 40% mais receita para negócios que aplicam a estratégia com excelência. Marc Lolivier, diretor-geral da FEVAD, enfatizou que o avanço do e-commerce, por exemplo, exige esse tipo de mudança na forma de se relacionar com o consumidor. Preço e conveniência já não bastam, é preciso oferecer experiência personalizada e relevante. Já François-Xavier Leroux, partner da KPMG, pontuou que a hiperpersonalização é uma revolução silenciosa, que muda a função do varejo digital, em cada interação se torna algo único e de alta relevância. Os palestrantes também disseram que, até 2030, essa característica será o diferencial competitivo mais relevante do e-commerce. Leroux, inclusive, declarou que já estamos entrando na era em que cada cliente deve ser tratado de forma singular. A implementação da hiperpersonalização requer coleta e integração de dados em visão 360º do cliente, análise inteligente com IA, ativação em tempo real e mensuração contínua dos resultados. Além disso, os painelistas destacaram a necessidade de integração omnicanal, governança de dados, IA como copiloto estratégico e processos ágeis que permitam adaptação em escala. David Nedzela, CMO da SNCF, reforçou que esse movimento só faz sentido quando conecta pessoas, criando experiências memoráveis sem gerar fricção na jornada de compra. Para corroborar a visão, Nedzela citou o exemplo do Spotify, mostrando como o consumidor já se acostumou com ações hiperpersonalizadas em seu cotidiano, e que o varejo precisa aprender a interpretar os sinais de comportamento para oferecer o mesmo serviço, de forma fluida e invisível. Experiência do cliente e engajamento O conceito de transformar lojas físicas em centros de experiência e engajamento foi reforçado por representantes de diferentes segmentos. Fernanda Dalben, CMO do Salben Supermercados, mostrou como a rede brasileira tem usado inteligência artificial, dados e iniciativas de comunidade para criar pontos de socialização que reforçam a fidelidade do cliente, incluindo assistentes virtuais para localização de produtos, experiências em cafés e workshops criativos. Nacho Carnes, head de Estratégia, Estratégia de Dados e Mídia Paga da Dunkin’ Benelux, e Jayne Rafter, especialista em varejo e lazer internacional, destacaram a importância de conectar dados e tecnologia à experiência física, utilizando IA para personalização de produtos, recomendações e interação humana qualificada. Eles reforçaram que a jornada do consumidor deve ser fluida entre canais digitais e lojas físicas, com experiências consistentes, personalizadas e orientadas a engajamento emocional. Gestão de marcas e marketplaces integrados Outro painel muito aguardado foi sobre a estratégia da Authentic Brands Group (ABG), que demonstrou como marcas globais podem ser transformadas em negócios multicanais, combinando tradição, inovação e alcance global. Segundo Corey Salter, diretor de Operações, da ABG, e Henry Stupp, presidente da empresa para Europa, Oriente Médio e África (EMEA) & Índia, o futuro do varejo passa pela conexão inteligente entre marcas, parceiros e consumidores, transformando propriedades intelectuais em experiências de consumo multicanal e emocionalmente relevantes. Ambos frisaram que marcas carregam conexões emocionais e é preciso desbloquear esse potencial, criando valor. (A não-linearidade da jornada do consumidor também foi tema do Conecta Varejo deste ano, nosso palco no Rio Innovation Week. SAIBA MAIS CLICANDO AQUI). Posteriormente, Régis Pennel, diretor de e-commerce da Galeries Lafayette, Romain Roulleau, diretor digital e comercial do Kingfisher Group, Vitaliy Novikov, diretor de comércio digital da Coca-Cola HBC, e Nir Manor, partner da Transformational Retail Group, debateram sobre marketplaces, mostrando como grandes redes estão transformando suas plataformas em ecossistemas integrados, unindo lojas físicas, canais digitais, personalização, engajamento social e sustentabilidade. O uso de IA e dados permite hiperpersonalização, otimização de estoques e logística integrada, fortalecendo a relevância dos marketplaces como hubs de experiência e serviços. Conexões genuínas com o consumidor: como construir? Por fim, Dennis Schröder, CEO da SNIPES, e Bruno Owokoti, diretor de patrocínios e parcerias de marca do Paris Saint-Germain (PSG), expuseram como a importância da construção de comunidade é uma vantagem competitiva no varejo moderno. Segundo Schröder, programas tradicionais de fidelidade não são mais o bastante para garantir engajamento a longo prazo. A união de propósito, relevância cultural e parcerias consolidadas serão os pilares das marcas que assumirão a liderança no futuro, diante de consumidores que têm o desejo de fazer parte de coisas grandes. O foco não deve ser apenas em descontos, mas em solidificar conexões autênticas, com experiências que tenham sentido na vida do cliente. Uma marca relevante entende que investimento na comunidade é investimento na própria organização. O objetivo deve ser alcançar a simbiose com a cultura, se tornando parte dela, e deixando o status de marca para se transformar em um movimento. As lições do 2º dia da NRF Europe para os supermercadistas fluminenses Os debates da NRF Europe mostraram os caminhos para um desenvolvimento pleno do nosso setor em um futuro que, cada dia mais, se torna uma realidade presente. As rotas possíveis passam por questões bastante claras: IA e tecnologia prática: inteligência artificial e automação devem ser implementadas com foco em problemas reais do negócio, tendo métricas claras para medir impacto; Experiência personalizada: o passo para a hiperpersonalização precisa ser dado, transformando cada interação em uma jornada única, impactando diretamente em aumento de conversão, fidelização e receita. Integração de canais: para o consumidor não existem mais fronteiras entre digital e físico. As experiências coerentes e conectadas são essenciais; Humanização da tecnologia: IA e robótica são necessárias, mas devem ser um apoio aos colaboradores, já que o atendimento humano qualificado é um diferencial competitivo; Dados como alicerce estratégico: decisões orientadas por dados e governança robusta garantem personalização, eficiência e sustentabilidade das operações; Conecte-se com o cliente: o objetivo de quem deseja liderar seu segmento deve ser a criação de uma ideia de pertencimento da marca ao dia a dia do consumidor. Em resumo, o segundo dia da NRF Europe reforçou que o futuro do varejo passa pela convergência entre tecnologia, dados, experiência do cliente e integração entre físico e digital. A adoção prática da IA, combinada com hiperpersonalização e engajamento humano, será determinante para empresas que buscam relevância, competitividade e fidelidade do consumidor. A NRF Europe confirma para o nosso setor uma conclusão que a ASSERJ já vinha destacando: o futuro do varejo supermercadista está na convergência das tendências tecnológicas modernas, mas sem abandonar o lado humano vital das operações, sempre focando em proporcionar a melhor jornada possível para cada cliente, em qualquer canal que ele escolher.
18/09/2025
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ASSERJ se une a entidades em defesa da manutenção dos incentivos fiscais no Rio de Janeiro
A Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ) integra o grupo de entidades que se posiciona contra o projeto de lei enviado à Assembleia Legislativa (Alerj) propondo a antecipação do fim da política de incentivos fiscais no estado, já a partir de 2026. O movimento representa a união de diferentes setores em torno de um objetivo comum: garantir a competitividade do Rio de Janeiro diante de outros estados, preservando empregos, renda e investimentos. Recentemente, outros entes federativos ampliaram seus programas de renúncia fiscal para atrair mais empresas e aplicações, enquanto o Rio caminha no sentido oposto, criando insegurança jurídica e afastando o interesse em apostar no estado. O posicionamento coletivo reconhece a evidente importância do equilíbrio fiscal e da modernização tributária, mas é urgente fazer o alerta de que a antecipação prevista no projeto fragiliza o setor produtivo e não ataca a raiz dos problemas econômicos fluminenses, concentrados no crescimento das despesas públicas. O caminho para o fortalecimento do estado deve passar por alternativas sustentáveis de arrecadação. O cenário que se desenha resultaria na perda de empresas, na migração de postos de trabalho e no aumento da informalidade, aprofundando a crise social e econômica já vivida pelo estado. "Para a ASSERJ, que representa diretamente o setor supermercadista, a proposta preocupa porque antecipa uma elevação significativa da carga tributária e cria instabilidade em um segmento essencial para a sociedade, além de ser um dos maiores empregadores do estado. A Associação reforça que a atual legislação nacional já estabelece 2032 como prazo para a extinção dos incentivos, e qualquer antecipação coloca o Rio em risco de perder investimentos e postos de trabalho para outras regiões", frisa Fábio Queiróz, presidente da ASSERJ. O debate sobre a proposta deve ocorrer com diálogo aberto e participação de todos os setores, garantindo um ambiente de negócios mais justo e competitivo, capaz de assegurar o desenvolvimento econômico e social do Rio de Janeiro. Análise tributária Para a Dra. Ana Paula Rosa, advogada da ASSERJ e especialista do segmento de varejo, a medida representa substancial alteração na política de incentivos fiscais do estado, uma vez que o projeto essencialmente revisa a estrutura de contrapartida fiscal que historicamente beneficiou setores essenciais. A progressiva elevação da contribuição ao FOT (Fundo Orçamentário Temporário), atingindo 90% até 2032, na prática significa uma quase revogação dos benefícios, mantendo-os apenas formalmente. A tributarista adverte sobre os efeitos em cascata na cadeia tributária: "Do ponto de vista do direito tributário, a medida cria um efeito cascata na formação de preços. O aumento do custo tributário direto será inevitavelmente incorporado ao custo das mercadorias, impactando toda a cadeia de suprimentos, do produtor ao consumidor final". Sobre a adequação à reforma tributária, a advogada observa: "A proposta parece buscar um alinhamento antecipatório com as novas regras do ICMS, impostas pela Reforma Tributária, porém o faz de maneira abrupta e sem as salvaguardas necessárias para setores sensíveis como o de alimentos e bebidas. Há que se examinar a constitucionalidade de alterações tão profundas sem a devida discussão com os setores impactados". A especialista finaliza com um alerta: "Do ponto de vista da segurança jurídica, a alteração de regras vigentes antes do prazo originalmente estabelecido cria um ambiente de instabilidade fiscal, desestimulando novos investimentos no estado. O setor supermercadista, que opera com margens estreitas, precisará revisar toda sua estrutura de custos tributários caso a proposta seja aprovada". Impactos no varejo supermercadista A retirada, ainda que parcial, dos incentivos fiscais estaduais vai impactar diretamente o preço de alimentos e bebidas vendidos nos supermercados fluminenses. Hoje, esses incentivos beneficiam tanto a indústria quanto o varejo abastecedor, gerando competitividade e preços mais baixos ao consumidor. Uma medida de caráter estritamente fiscal tende a pressionar a inflação, comprometer a performance do setor supermercadista, impactando também o bolso do consumidor. "O aumento da carga tributária efetiva sobre bens essenciais pode gerar pressões inflacionárias setoriais, reduzir a rentabilidade das empresas e comprometer os níveis atuais de competitividade do estado, devendo-se considerar o trade-off entre a necessidade fiscal do estado e a manutenção da acessibilidade de produtos essenciais para a população", destaca Fábio Queiróz. Quanto aos aspectos técnicos, ressalta o presidente da ASSERJ: "A distinção entre benefícios com e sem contrapartidas é tecnicamente frágil, visto que na prática, a maioria dos incentivos possui contrapartidas indiretas na forma de geração de empregos e movimentação econômica que não estariam sendo consideradas neste projeto". O segmento supermercadista acompanha com atenção os desdobramentos da proposta, destacando que mudanças desta magnitude exigirão reavaliação completa das estratégias fiscais e de precificação das empresas do setor. Qualquer alteração no regime tributário impacta não apenas a cadeia de valor, mas também o custo final aos consumidores e o desempenho financeiro do segmento.
17/09/2025
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Tecnologia, omnicanalidade e a redefinição das lojas físicas: as discussões no 1º dia da NRF Europe
A primeira edição da NRF Europe, realizada em Paris, teve na última terça-feira, 16 de setembro, seu primeiro dia. Reunindo alguns dos principais nomes do varejo mundial, o principal tema dos debates da abertura do evento foi: o futuro das lojas físicas em um cenário de digitalização acelerada e integração com o e-commerce. A versão europeia da tradicional feira de Nova York, a maior do mundo para o segmento, trouxe painéis que mostraram como dados, inteligência artificial, estratégias omnichannel, supply chain e o foco na experiência do consumidor estão transformando o setor. A cerimônia de abertura ficou a cargo de Matthew Shay, presidente e CEO da NRF, que enfatizou o papel estratégico do varejo na economia mundial, destacando que o setor é hoje o maior empregador privado global, sendo responsável não apenas pela geração de empregos, mas por impulsionar o desenvolvimento econômico mundial. Segundo Shay, o varejo se diferencia pelo caráter inclusivo, transformador e democrático, com potencial de crescimento até cargos de liderança para todos aqueles que possuam dedicação, curiosidade e paixão para abrir caminhos, característica única, que mantêm o constante movimento do segmento. O executivo ainda ressaltou o papel da diversidade como motor de inovação, sendo ela a responsável por estimular novas ideias e acelerar processos de mudança. Além disso, o CEO da NRF defendeu a necessidade de políticas que garantam mercados abertos, práticas comerciais justas e acesso a capital e mão de obra qualificada, fatores indispensáveis para o crescimento sustentável e equilibrado. Tecnologia e dados: a loja física como HUB inteligente Um dos assuntos mais debatidos no primeiro dia da NRF Europe foi o papel das lojas físicas, que passam por uma transformação, em caminho para se converterem em espaços inteligentes, guiados por dados e inteligência artificial. Segundo pesquisa apresentada por Mauro Anastasi, sócio da Bain & Company, 75% dos executivos de varejo planejam transformar suas lojas nos próximos dois anos, com foco em engajamento, logística omnicanal e novas fontes de receita. Ele ainda destacou que 70% dos líderes acreditam que investimentos em tecnologia terão retorno em até três anos, e que quase metade espera ganhar 1,5 ponto adicional de margem de EBITDA. Já na visão do varejo supermercadista, destacada pelo Carrefour, a digitalização é prioridade, porque 90% da receita ainda vem do ambiente físico. O Miguel Angel Gonzalez, diretor digital do grupo, apresentou cases práticos da rede, como o uso de IA no autoatendimento que, em menos de um ano, recuperou 1% do faturamento, graças a redução de rupturas de estoque. Porém, mesmo defendendo a aceleração da digitalização, Gonzalez frisou que o futuro das lojas está em tecnologias aplicadas de forma prática, do corredor ao caixa, mas sempre como suporte ao trabalho humano. Por sua vez, Jérôme Hamrit, vice-presidente executivo de Data & Retail Media do VusionGroup, reforçou que a tecnologia deixou de ser uma experimentação opcional para se tornar ferramenta estratégica, frisando que 60% dos executivos já priorizam recursos in-store. Citando etiquetas digitais e visão computacional como exemplos, o executivo apresentou como essas mudanças começam com ganhos operacionais, mas evoluem para impactar categorias, e-commerce e até mídia no PDV. Entre as tendências para os próximos anos, os executivos destacaram geolocalização, visão computacional e IA pragmática como pontos de atenção, porém, sempre com foco em apoio a colaboradores e geração de valor real para o consumidor. Omnicanalidade e logística: a união do mundo físico e digital Uma conclusão quase constante nos palcos da NRF Europe foi a de que o futuro do varejo não é uma questão de escolha entre o físico ou o digital, mas sim uma combinação dos dois universos. Hélène Labaume, diretora de Inovação do Carrefour, reforçou que o varejo supermercadista é a espinha dorsal do e-commerce, operando como hubs logísticos para pedidos online, drive-thru, retirada em loja e parcerias com plataformas terceirizadas de entrega. Shawn Koffler, diretor de Inovação da rede farmacêutica Super-Pharm, afirmou, usando sua empresa como exemplo, que 85% dos clientes online escolhem retirar seus pedidos nas lojas e que, na tentativa de transformar essa conveniência em experiência, a rede aposta em robôs autônomos, realidade aumentada e IA para personalizar música ambiente. Bård Kvamme, diretor de varejo da Norrøna, organização do segmento premium de esportes outdoor, destacou que as lojas globais do grupo norueguês não são apenas pontos de venda, mas hubs estratégicos em cidades e destinos de montanha. Ele frisou, de forma categórica, que lealdade e consciência de marca surgem do contato físico. Já Laura Toledano, diretora-geral da Zalando para a Europa Ocidental, expôs como a plataforma investe em IA para prever a demanda regional, otimizar estoques e reduzir impacto ambiental. Ela ainda referendou o tema, ao declarar que o consumidor não enxerga fronteiras entre on e offline, mas espera, em ambos, conveniência, personalização e propósito. Outro a seguir a mesma tônica de pensamento foi Antoine Nizan, da ABG, que pontuou o fato de que lojas físicas deixaram de ser somente pontos de venda, para serem espaços de interação e emoção. Supply chain e IA: eficiência e cultura de dados Outro debate profundo foi sobre as mudanças que a inteligência artificial tem provocado, causando uma redefinição do supply chain. Hélène Chaplain, diretora global de TI da Pernod Ricard, apresentou o uso da IA para previsões de demanda e planos de produção, funcionando como uma balança entre tradição e eficiência. A executiva frisou que o próximo passo será o uso de robótica em atividade manufatureiras, não com a substituição de colaboradores, mas como forma de ampliar a capacidade. Maksym Tipukhov, diretor do Fozzy Group, a segunda maior rede de supermercados da Ucrânia, trouxe a visão de operar durante a guerra. Segundo o diretor, a IA já cortou na metade o custo por entrega no e-commerce. Apesar disso, Tipukhov foi veemente ao alertar a necessidade de existir planos de contingência e de preparo das empresas para um cenário sem disponibilidade de tecnologia. A IA também foi responsável por uma mudança cultural íntima na Scarpe&Scarpe, segundo o CEO da empresa italiana, Marcello Pace. Em seu relato, o executivo demonstrou que, anteriormente, o estoque do grupo era definido por estética e design, mas com sistemas inteligentes essa decisão passou a ser orientada por dados específicos como previsão de demanda, preços e promoções, com uma mescla diversificada de variáveis, que superaram resistências iniciais, convencidas através de resultados. Experiência é engajamento: tecnologia a serviço do humano Mesmo com todos os avanços digitais apresentados, a grande maioria dos painelistas foi enfática ao afirmar que a interação humana é essencial. Bård Kvamme, por exemplo, adotou um tom crítico ao falar sobre o excesso de autoatendimento em setores premium. Para o executivo, a personalização e a narrativa de marca dentro das lojas é um ponto nevrálgico. Shawn Koffler também seguiu na mesma linha, salientando que a confiança no setor farmacêutico depende do contato com profissionais treinados. No caso do Carrefour, Miguel Angel Gonzalez enfatizou a importância dos colaboradores terem ciência da simplificação que a tecnologia promove na rotina e que sem essa compreensão a transformação não acontece. Ele apontou que o grupo já capacitou 80 mil funcionários, apenas na França, ao aderir a metodologia "four in the box", que integra tecnologia, produto, design e negócios. O executivo resumiu a questão afirmando que a loja que funciona é que combina variedade, preço e funcionário engajados, com suporte da tecnologia. As lições do 1º dia da NRF Europe para os supermercadistas fluminenses Os debates da abertura da NRF Europe mostraram que, ainda que nosso setor esteja mergulhado em um contexto de transformação extremamente acelerada, certas direções são bastante evidentes: Presença física segue primordial: ela é o pilar da construção de marca, da consolidação da credibilidade e do relacionamento com o consumidor; O físico é aliado do avanço digital: o crescimento no mundo online é amplificado e fortalecido quando ele está conectado às lojas, que assumem papel de centros de logística, dados e experiência; Tecnologia demanda utilidade prática: as ferramentas por si só não são sinônimos de sucesso, já que para alcançar resultados é preciso apoiar times de loja, reduzir atritos e tornar a jornada de compra simplificada; Comportamento humano segue como diferencial: por mais que a tecnologia assuma papéis de destaque, necessidades humanas como personalização, conveniência e atendimento qualificado permanecem insubstituíveis para a fidelização do cliente; Em resumo, a NRF Europe reforçou que o futuro competitivo do varejo passa pela integração entre físico e digital, apoiada em inovação aplicada, pessoas preparadas e marcas conectadas aos valores do consumidor contemporâneo. A abertura da NRF Europe reforçou uma conclusão que a ASSERJ já destaca, o futuro do varejo supermercadista não está na substituição do físico pelo digital, mas sim em uma integração real e eficaz, baseada em planejamento e estratégias inteligentes, dos dois mundos. Lojas conectadas, tecnologia aplicável e capacitação de colaboradores para esse novo tempo serão os alicerces daqueles que farão crescer sua competitividade.
17/09/2025
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O que o consumidor vem priorizando nas suas compras nos supermercados? Vem saber!
Em meio a um cenário econômico desafiador, marcado por inflação acumulada de 5,35% nos últimos 12 meses, segundo o IBGE, e índice de confiança do consumidor em 85,9 pontos pela FGV IBRE, os brasileiros estão ajustando suas estratégias de compra e redefinindo prioridades. A pesquisa “Consumo em Tempos de Inflação e Repriorização”, realizada pela Neogrid e pelo Opinion Box com 1.000 entrevistados de todo o país, revela tendências que devem orientar decisões de indústria e varejo. “Os números desta pesquisa mostram uma mudança clara no comportamento de compra: o consumidor está mais atento, seletivo e consciente. Ele busca preço, mas sem abrir mão de qualidade, confiança e disponibilidade”, afirma Nicolas Simone, CEO da Neogrid. A pesquisa indica que o preço continua sendo um fator decisivo: 66% dos consumidores apontam como o critério mais importante, seguido pela qualidade, mencionada por 60%. Para se adaptar, 82% afirmam trocar produtos por opções mais baratas, mas 18% mantêm suas escolhas habituais, valorizando a confiança e o valor percebido. “Um dado que fala alto: 82% dos consumidores afirmaram ter trocado produtos que costumavam comprar por opções mais baratas nos últimos 12 meses. Mas os outros 18% também ensinam uma lição valiosa: há espaço para diferenciação, confiança e relevância. Porque, no fim, o shopper não escolhe apenas pelo preço. Ele escolhe pelo valor percebido”, explica Christiane Cruz, diretora executiva de Marketing e Performance na Neogrid. Apesar da pressão sobre o orçamento, 73% dos entrevistados mantêm pequenos prazeres na cesta de compras, como chocolates, doces e refeições fora de casa. Júlia Villela, head de insights do Opinion Box, comenta: “Os dados nos mostram como o consumidor se adapta rapidamente em cenários de inflação, mudando hábitos e prioridades de compra. Entender esse comportamento é essencial para que marcas e varejistas consigam se antecipar, oferecer alternativas atrativas e manter a relevância em meio a um mercado cada vez mais desafiador.” O estudo também revela o crescimento do comportamento omnichannel. Embora 64% realizem compras exclusivamente em mercados físicos, um terço combina canais presencial e online. Tiago Senna, head da BU de execução do varejo na Neogrid, reforça: “A presença em loja do consumidor deve ser vista como a oportunidade do varejista priorizar a experiência do shopper, onde ele realmente se diferencia do digital. Sortimento, precificação dinâmica e um estoque bem sinalizado, aliados à tecnologia, garantem decisões inteligentes e promoções eficazes.” Além disso, ferramentas digitais, como inteligência artificial, ainda têm baixa penetração na rotina de compras: apenas 5% relatam utilizá-las para pesquisa de preços. Bruno Maia, Head de Dados e IA da Neogrid, observa: “O consumidor moderno quer ser reconhecido. Quer conveniência. Quer experiências únicas. Oferecer essa ponte entre desejo e realidade — seja na loja física ou no e-commerce — facilita a tomada de decisão, aumenta a confiança e melhora a performance das marcas no varejo.” A pesquisa aponta também que o brasileiro mantém um equilíbrio entre cautela e otimismo: 76% acreditam que os preços subirão nos próximos 12 meses, mas 56% esperam melhora em sua situação financeira pessoal. “O consumidor ajusta expectativas de forma realista, antecipando impactos da inflação, mas confiante em estratégias próprias para se adaptar”, afirma Leandro Murta, diretor de inteligência comercial na Neogrid. Outro ponto de destaque é a importância de dados estratégicos para a execução no ponto de venda. “Trabalhar com dados e ferramentas adequadas torna a gestão de estoque muito mais simples. Com NeoRetail, solução da Neogrid, é possível integrar sell-in e sell-out, ajustar sortimento, preços e abastecimento em tempo real, colocando o produto certo, no lugar certo e no momento certo”, completa Murta. A pesquisa reforça que, mesmo em um cenário de inflação e restrição de orçamento, indústria e varejo podem transformar desafios em oportunidades. Conectar dados, tecnologia e experiência do consumidor é essencial para entregar valor real e fidelizar clientes em um mercado cada vez mais competitivo.
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